- Google exige 32 GB para apps como YouTube e Play Store
- Celulares com 16 GB rodam só o Android sem serviços Google
- Nova regra entra em vigor com o Android 15 ainda este ano
O Google dobrou a exigência mínima de armazenamento interno para celulares com Android. A partir da versão 15 do sistema, apenas modelos com ao menos 32 GB poderão acessar os serviços essenciais da empresa.
Com isso, smartphones de entrada com 16 GB perderão acesso à Play Store, Gmail e YouTube, o que revoltou usuários e preocupou fabricantes.
Decisão do Google afeta dispositivos com Android 15
A medida atinge todos os aparelhos que buscam a certificação GMS (Google Mobile Services). Sem esse selo, o dispositivo não pode embarcar os apps do Google de fábrica. O Android Authority revelou que a exigência começa a valer já no Android 15.
O Google justifica a decisão com base no desempenho. Segundo a empresa, os 16 GB antigos já não bastam, pois o próprio sistema ocupa boa parte desse espaço. Mesmo com ajustes, os aparelhos de entrada enfrentam lentidão e falhas frequentes.
Fabricantes ainda poderão lançar celulares com menos de 32 GB, mas só com o Android Open Source Project (AOSP), que não inclui os apps do Google. Na prática, isso isola os modelos do ecossistema da big tech e os torna menos atrativos ao consumidor.
Requisitos vão além do armazenamento mínimo
Além do aumento de espaço interno, o Android 15 traz novas regras para gráficos e privacidade. O sistema exigirá que os celulares permitam o compartilhamento de contatos de emergência com serviços de localização durante chamadas. A função será opcional, mas precisa exibir um aviso claro ao usuário.
Outra exigência mira no desempenho gráfico. Processadores compatíveis com o Android 15 devem suportar a API Vulkan 1.3, usada para rodar jogos e apps mais pesados. Porém, a mudança faz parte do Android Baseline 2022, conjunto de regras que o Google criou para manter a experiência do sistema consistente.
O Google também exigirá que os dispositivos usem bibliotecas ANGLE, que garantem compatibilidade com jogos e aplicativos antigos baseados em OpenGL ES. A partir do Android 16, o uso dessas bibliotecas se tornará padrão.
Porém, com essas mudanças, a empresa pressiona o mercado a abandonar de vez os aparelhos ultrabásicos e força os fabricantes a oferecer mais memória, gráficos modernos e recursos de segurança, mesmo nos modelos mais baratos.