Meta do TikTok agora é desbancar o YouTube

Por Luciano Rodrigues
Meta do TikTok agora é desbancar o YouTube - foto: Dall-E

Desde 2020, diversos aplicativos têm tentado emular o sucesso do TikTok com vídeos curtos. Agora, o próprio TikTok está expandindo suas ambições ao testar vídeos de até 60 minutos, indicando que deseja competir com plataformas dominadas pelo YouTube.

Menos de quatro meses após testar vídeos de 30 minutos, o TikTok está agora avaliando a possibilidade de aumentar esse limite para 60 minutos, testando a função com um grupo de usuários.

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A estratégia por trás dessa mudança é clara: vídeos mais longos oferecem mais oportunidades de monetização para os criadores, permitindo a inserção de mais anúncios. Além disso, vídeos mais extensos têm o potencial de manter os usuários na plataforma por períodos mais longos. Com isso, criadores que antes usavam o TikTok para direcionar seguidores aos seus vídeos completos no YouTube, poderão agora hospedar esses conteúdos diretamente em seus perfis no TikTok.

TikTok se tornou referência em vídeos curtos e quer expandir

A expansão do TikTok para vídeos longos faz parte de uma batalha intensa entre gigantes do setor. YouTube e TikTok são os principais concorrentes, mas outras plataformas também estão se adaptando.

Recentemente, o X (antigo Twitter) começou a permitir vídeos longos e lançou um aplicativo para TVs, buscando sua fatia no mercado de vídeos online.

Ao permitir vídeos de até 60 minutos, o TikTok pode atrair uma nova demografia de criadores e espectadores, que preferem conteúdos mais longos e detalhados. Isso pode incluir tutoriais, vlogs, análises aprofundadas e até documentários curtos, áreas onde o YouTube tradicionalmente domina.

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A mudança também pode transformar a forma como os criadores de conteúdo planejam e distribuem seus vídeos, potencialmente levando a uma integração mais robusta de anúncios e patrocínios.

O TikTok está claramente mirando em um público mais amplo e diversificado, tentando se posicionar não apenas como um app de entretenimento rápido, mas também como uma plataforma de conteúdo rico e variado. Com essa estratégia, a plataforma está se preparando para uma competição acirrada, onde a retenção de usuários e a monetização se tornam cruciais. A transição para vídeos longos pode ser um divisor de águas, ajudando a consolidar sua posição no mercado de vídeos online e a competir de frente com o YouTube.

Paralelo a tudo isso, no entanto, o TikTok enfrenta nos Estados Unidos uma proibição caso não seja vendido para uma empresa não chinesa. O prazo se encerra em dezembro e a empresa já anunciou que vai recorrer da decisão e trabalhar para revertê-la. O mercado americano tem uma enorme fatia dos usuários do app.

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Jornalista, assessor de comunicação, escritor e comunicador, com MBA em jornalismo digital e 12 anos de experiência, tendo passado também por alguns veículos no setor tech.
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