A capital do Japão, Tóquio, está prestes a lançar um aplicativo de namoro com um propósito bastante específico: aumentar a taxa de natalidade. Isso porque o país enfrenta uma crise populacional, que fez com que o governo japonês decidisse interferir diretamente nos relacionamentos amorosos da população.
Os usuários do novo aplicativo terão que apresentar documentação comprovando que são solteiros e que têm interesse em constituir uma família. Em outras palavras, o governo quer garantir que aqueles que utilizem a plataforma estejam realmente comprometidos em casar e ter filhos.
Tóquio está se tornando uma cidade de idosos
A decisão de Tóquio de criar um aplicativo de namoro surge como resposta a uma preocupante tendência de queda nas taxas de natalidade. Nos últimos oito anos, os nascimentos no Japão diminuíram constantemente, fazendo com que o número de mortes superasse o de nascimentos.
Esse cenário gera um impacto significativo na força de trabalho, ao mesmo tempo em que a população idosa cresce e demanda mais tempo de pagamento de aposentadorias, ou seja, Tóquio está se tornando uma cidade de idosos.
Atualmente, aplicativos de namoro já são a maneira mais comum de casais se conhecerem no Japão, representando quase 40% dos encontros, enquanto restaurantes e bares ficam em segundo lugar com 27%. Portanto, o governo vê nesses aplicativos uma oportunidade para incentivar o casamento e, consequentemente, o aumento da natalidade.
Uma das vantagens apontadas para o aplicativo do governo é a confiança que ele pode proporcionar aos usuários. Segundo pesquisas, 70% dos japoneses que desejam casar não participam de eventos ou aplicativos de namoro convencionais.
O envolvimento do governo de Tóquio pode, assim, oferecer um ambiente mais seguro e confiável para aqueles que têm o objetivo de constituir uma família.
Em resumo, a iniciativa de Tóquio para lançar um aplicativo de namoro não é apenas uma inovação tecnológica, mas também uma estratégia de política pública.
Ao promover encontros que têm como finalidade o casamento e a formação de famílias, o governo japonês espera reverter a tendência de queda na taxa de natalidade e enfrentar a crise populacional.