Tune.FM quer desbancar o Spotify pagando mais a artistas

Por Luciano Rodrigues
Tune.FM quer desbancar o Spotify pagando mais a artistas - Imagem: Dall-E

A Tune.FM, uma plataforma de streaming de música descentralizada, busca conquistar espaço em um mercado dominado por gigantes como Spotify e Apple Music. A startup se diferencia ao operar com a tecnologia web3, oferecendo aos usuários a opção de pagar por músicas transmitidas usando tokens JAM, ao invés do tradicional modelo de assinatura.

Diferente dos grandes players da indústria, o Tune.FM permite que os artistas recebam um centavo por minuto de reprodução, valor significativamente maior do que o oferecido por plataformas tradicionais como o Spotify, que paga entre US$ 0,003 e US$ 0,005 por reprodução. O Apple Music, por sua vez, paga em torno de US$ 0,01 por stream.

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A startup também oferece aos artistas a oportunidade de vender NFTs e outros colecionáveis dentro da plataforma, abrindo novas possibilidades de receita.

Recentemente, a Tune.FM garantiu um compromisso de US$ 50 milhões (cerca de R$ 281 milhões) da Global Emerging Markets (GEM) por meio de um programa de compra de tokens, o que permitirá à startup converter tokens JAM em fundos nos próximos dois anos.

Esses recursos ajudarão a Tune.FM a expandir sua plataforma, oferecer mais suporte aos artistas e investir no desenvolvimento de uma experiência metaversa para festivais de música.

A startup, fundada por Andrew Antar, violinista e ex-aluno da Brown University, já está atraindo a atenção de investidores e usuários.

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Antar acredita que a combinação de tecnologia web3 com a inovação nos pagamentos será um diferencial competitivo importante.

Crescimento e desafios no setor de streaming

A Tune.FM foi lançada como um aplicativo da web em 2021 e seu aplicativo móvel foi disponibilizado em julho de 2023. Desde então, a plataforma já conta com cerca de 20 mil usuários ativos mensais.

Embora esse número ainda seja modesto comparado a gigantes como Spotify, a startup vê potencial para crescimento rápido, especialmente com o aumento do interesse em cripto e tecnologias descentralizadas.

No entanto, a Tune.FM enfrentará uma competição acirrada com os gigantes do streaming de música.

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Plataformas como StationHead e Lüm, que também buscavam inovar no setor de streaming, não sobreviveram e encerraram suas atividades. Além disso, serviços gratuitos como TikTok e YouTube continuam a dominar o consumo de música em vídeo.

Apesar disso, Antar se mantém confiante de que o modelo descentralizado de sua plataforma, com a capacidade de recompensar diretamente os artistas e os ouvintes, será um diferencial.

A gestão descentralizada da Tune.FM e seu uso da tokenização permitem que os artistas tenham maior controle sobre sua remuneração, algo que Antar acredita ser crucial para o futuro da indústria musical.

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Jornalista, assessor de comunicação, escritor e comunicador, com MBA em jornalismo digital e 12 anos de experiência, tendo passado também por alguns veículos no setor tech.
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