BYD se mobiliza e investe em lobby para evitar taxação de carros elétricos na reforma tributária

Por Luciano Rodrigues
BYD se mobiliza e investe em lobby para evitar taxação de carros elétricos na reforma tributária - Imagem: Dall-E

O vice-presidente da BYD, Alexandre Baldy, está intensificando os esforços para evitar que os carros elétricos sejam incluídos na taxação do imposto seletivo, conforme proposto na reforma tributária.

A estratégia inclui uma campanha de “corpo a corpo” com senadores para reverter a medida, que pode impor uma taxação extra a veículos elétricos com base em critérios como potência, eficiência energética, reciclabilidade de materiais e impacto ambiental.

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Segundo informações do UOL, Baldy, que é ex-deputado federal e ex-ministro das Cidades, entende a importância do diálogo direto com os legisladores para esclarecer mal-entendidos sobre a tecnologia dos carros elétricos.

Ele mencionou que já foi abordado por senadores que expressaram preocupações infundadas, como o risco de explosão das baterias desses veículos. Segundo Baldy:

No passado, a tecnologia era outra. Essa tecnologia, em dez anos, mudou demais, em dois anos, ela já mudou muito.”

Relator da reforma considera mudanças no imposto

O senador Eduardo Braga, relator da proposta, estuda a possibilidade de ajustar o imposto seletivo para diferenciar a taxação entre veículos elétricos, híbridos e a combustão, considerando o impacto ambiental de cada categoria.

Para Braga, essa diferenciação é justa, pois carros elétricos e híbridos emitem menos gases poluentes comparados aos movidos a combustíveis fósseis.

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Braga, que foi relator da PEC da reforma tributária em 2023, ainda não foi oficialmente nomeado para trabalhar no texto da regulamentação, mas já iniciou discussões preliminares.

A expectativa é que a análise da regulamentação comece após as eleições municipais, que ocorrem em outubro, com votação prevista entre novembro e dezembro.

Com a pressão da BYD e a possível revisão do imposto seletivo, o cenário para a taxação de carros elétricos no Brasil ainda está em aberto.

A montadora, que assumiu a fábrica da Ford em Camaçari, na Bahia, em 2023, conta com o apoio de senadores baianos para assegurar a continuidade dos incentivos fiscais e evitar a taxação adicional que pode comprometer a competitividade dos veículos elétricos no mercado brasileiro.

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Jornalista, assessor de comunicação, escritor e comunicador, com MBA em jornalismo digital e 12 anos de experiência, tendo passado também por alguns veículos no setor tech.
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