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- CATL lança bateria com carga rápida de 5 minutos.
- Nova bateria de sódio é mais segura e acessível.
- EUA devem ficar de fora por causa de tensões comerciais.
A CATL, maior fabricante de baterias do mundo, surpreendeu o setor automotivo com três inovações poderosas reveladas em Xangai, pouco antes do Salão do Automóvel da cidade (23 e 24 deste mês).
A empresa chinesa apresentou novos modelos que prometem transformar a indústria de veículos elétricos (VE) com mais autonomia, carregamento ultrarrápido e opções mais seguras e acessíveis.
O destaque inicial ficou com a nova geração da bateria Shenxing, que agora oferece 520 km de autonomia com apenas cinco minutos de carga. A velocidade de carregamento atinge até 1,3 megawatts, superando rivais como a BYD. Mesmo sob temperaturas congelantes de -10°C, a Shenxing mantém eficiência e carrega de 5% a 80% em apenas 15 minutos.
Sódio substitui lítio e nova bateria da CATL promete 1.500 km por carga
A CATL também apresentou a Naxtra, uma bateria de íons de sódio pronta para comercialização. Esse modelo fornece até 500 km de autonomia para elétricos e 200 km para híbridos. Testes confirmaram bom desempenho em temperaturas extremas. O sódio, além de mais barato que o lítio, apresenta melhor estabilidade e menor risco de incêndio, tornando-se uma alternativa promissora para o futuro.
Mas a inovação que mais chamou atenção foi a bateria de dupla potência, capaz de alcançar 1.500 km com uma única carga. Inspirada em um sistema de motor duplo de aviões, a tecnologia combina uma célula de carregamento rápido com outra de suporte, ampliando significativamente o alcance dos veículos.
Apesar das novidades, os consumidores norte-americanos provavelmente não verão essas baterias em breve. As tensões comerciais entre EUA e China dificultam o avanço da CATL no mercado americano. O governo de Donald Trump adicionou a empresa à lista de companhias ligadas ao setor militar chinês, elevando as restrições.
Além disso, a China restringiu a exportação de minerais de terras raras, essenciais para a produção de baterias avançadas. O gesto indica uma tentativa de manter suas tecnologias mais inovadoras restritas ao mercado asiático, dificultando ainda mais a penetração da CATL nos EUA, mesmo que por meio de licenciamento.