Quando pensamos em veículos elétricos, empresas como Tesla e BYD são rapidamente lembradas. No entanto, a história dos carros elétricos remonta a muito antes do surgimento dessas gigantes da tecnologia. Surpreendentemente, o primeiro carro elétrico foi criado em 1888, quase dois séculos antes da popularização moderna desse tipo de veículo.
A invenção foi creditada ao alemão Andreas Flocken, que desenvolveu o Flocken Elektrowagen. Esse veículo movido a eletricidade alcançava a impressionante velocidade de 9 mph (cerca de 14,5 km/h) e representava uma revolução para a época. Entretanto, esse não foi o primeiro experimento com a eletricidade aplicada ao transporte. Décadas antes, inventores como Ányos Jedlik e Robert Anderson já estavam explorando o uso de motores elétricos para mover pequenas máquinas e carruagens.
Jedlik, um húngaro que fez uma descoberta fundamental sobre o dínamo, criou um dos primeiros motores elétricos em 1828 e o instalou em uma pequena plataforma com rodas, considerado o primeiro veículo elétrico autopropulsado da história. Já o escocês Robert Anderson, entre 1832 e 1839, construiu uma carruagem movida a eletricidade, utilizando baterias não recarregáveis.
Carro elétrico
A trajetória dos veículos elétricos continuou evoluindo ao longo do século XIX, com avanços importantes como o protótipo de Thomas Parker em 1884, que usava baterias recarregáveis de chumbo-ácido, e o carro elétrico de William Morrison em 1890, que transportava até seis pessoas a uma velocidade máxima de 14 mph (22,5 km/h).
No início do século XX, os veículos elétricos já eram uma realidade em grandes cidades como Nova York e Londres. Em 1899, por exemplo, táxis elétricos circulavam pelas ruas de Manhattan, e a Electric Vehicle Company foi a maior fabricante de automóveis nos Estados Unidos por um breve período.
Mesmo que os veículos movidos a gasolina tenham superado os elétricos nas décadas seguintes, a história dos EVs (Electric Vehicles) nunca foi totalmente esquecida. Hoje, com o avanço da tecnologia, os carros elétricos voltaram a ganhar popularidade, impulsionados por preocupações ambientais e o desenvolvimento de baterias mais eficientes.