Tesla: confira o que o piloto automático pode e não pode fazer

Por Cássio Gusson
Imagem: Flicker - licença Creative Commons

A Tesla é uma pioneira no mercado de veículos elétricos, mas sua ambição vai além. A empresa busca liderar uma transformação ainda maior: a condução autônoma. Desde 2016, Elon Musk promete que os carros da Tesla alcançarão o chamado nível 5 de autonomia em breve. Apesar das promessas, a realidade ainda não chegou lá.

Hoje, os sistemas de assistência ao motorista da Tesla oferecem funcionalidades avançadas, mas o nome de recursos como “Autopilot” e “Full-Self Driving” (FSD) pode gerar confusão. Muitos motoristas acreditam que esses carros dirigem sozinhos, mas isso está longe da verdade. A seguir, veja o que os veículos Tesla conseguem – e o que ainda não conseguem – fazer.

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Os carros da Tesla operam com um sistema de condução assistida de nível 2. Isso significa que podem controlar direção e velocidade simultaneamente, mas o motorista deve permanecer atento e com as mãos no volante. Funções como o Autosteer (manter o carro na faixa) e o controle de cruzeiro adaptativo funcionam bem, mas estão longe de serem autônomos.

Outra função popular é o Summon, que permite que o carro se mova para frente ou para trás, como ao sair de uma garagem, usando o controle remoto. Já o Smart Summon chama o carro para um ponto específico próximo ao motorista, mas exige supervisão direta.

Além disso, o sistema Autopark ajuda a estacionar em vagas paralelas ou perpendiculares de forma automática. A Tesla também oferece recursos de segurança ativa, como frenagem automática de emergência, alerta de colisão frontal e monitoramento de ponto cego.

O que os Teslas ainda não fazem

Apesar de avanços, os Teslas não conseguem dirigir sozinhos. Eles ainda não alcançaram o nível 3 de autonomia, como o sistema DrivePilot da Mercedes-Benz. O motorista precisa manter as mãos no volante e retomar o controle a qualquer momento.

Funções como o “Autosteer em ruas urbanas” ainda estão em fase de teste (Beta) e exigem confirmação do motorista para ações simples, como cruzar um semáforo. Além disso, o carro não pode encontrar uma vaga de estacionamento de forma autônoma após ser chamado pelo Summon.

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Elon Musk prometeu um robô-táxi sem motorista até 2027, mas a Tesla tem um histórico de atrasos em cronogramas. Outros fabricantes apostam em sensores LiDAR para alcançar níveis mais altos de autonomia, enquanto a Tesla confia apenas em câmeras e aprendizado de máquina. No entanto, questões regulatórias e desafios tecnológicos continuam sendo grandes barreiras.

Enquanto a Tesla lidera a corrida pela popularização da direção autônoma, é essencial lembrar que, por ora, seus veículos exigem atenção total do motorista.

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Jornalista especializado em tecnologia, com atuação de mais de 10 anos no setor tech público e privado, tendo realizado a cobertura de diversos eventos, premiações a anúncios.
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