Cientistas chineses encontram o gene chave que pode aumentar a vida em 109%

Por Cássio Gusson
Cientistas chineses encontram o gene chave que pode aumentar a vida. Foto: Dall-e

Uma pesquisa publicada na revista Nature Aging por cientistas chineses pode representar um marco significativo na luta contra o envelhecimento. A equipe de pesquisadores descobriu que estimular um gene presente em todos os humanos, conhecido como DIMT1, pode diminuir significativamente a taxa de desgaste das células, potencialmente retardando o processo de envelhecimento.

A descoberta foi realizada enquanto os cientistas estudavam o DNA das moscas-da-fruta, buscando entender os fatores que determinavam a longevidade desses insetos. Ao analisar um banco de dados humano, os pesquisadores encontraram uma correspondência impressionante de 93% entre o gene da mosca e o gene humano DIMT1. Esse achado foi crucial para direcionar os estudos subsequentes.

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Nos estudos de laboratório, as células humanas foram expostas à radiação para simular danos celulares relacionados ao envelhecimento. As células que tinham o gene DIMT1 estimulado envelheceram 65% mais lentamente em comparação com as células não alteradas. Este resultado sugere que a ativação do DIMT1 pode desempenhar um papel vital na manutenção da saúde celular ao longo do tempo.

Frear o envelhecimento

A equipe de pesquisa está otimista de que suas descobertas possam abrir caminho para o desenvolvimento de novas terapias genéticas focadas no gene DIMT1. Em testes preliminares realizados com ratos, a injeção de uma terapia genética experimental que estimulava o DIMT1 resultou em um aumento da expectativa de vida em impressionantes 109%.

Embora estas terapias genéticas ainda não estejam disponíveis para humanos, os especialistas estimam que, com os avanços contínuos na pesquisa, tais tratamentos possam ser implementados dentro dos próximos cinco anos. Esta potencialidade traz uma nova esperança para o tratamento e a possível cura de doenças relacionadas ao envelhecimento.

A descoberta do gene DIMT1 e sua influência na longevidade celular pode revolucionar a medicina e os cuidados com a saúde. No entanto, a comunidade científica enfatiza a necessidade de considerar as implicações éticas e sociais das terapias genéticas antienvelhecimento. O acesso a essas terapias, a equidade na distribuição e os efeitos a longo prazo ainda precisam ser amplamente debatidos.

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Jornalista especializado em tecnologia, com atuação de mais de 10 anos no setor tech público e privado, tendo realizado a cobertura de diversos eventos, premiações a anúncios.
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