Cientistas criam tratamento que pode prolongar a vida em mais de 10 anos

Por Cássio Gusson
Tratamento para viver mais pode prolongar vida em humanos. Foto: Dall-e

Uma nova descoberta científica promete revolucionar o campo da longevidade humana. Pesquisadores da Universidade de Connecticut desenvolveram um tratamento inovador que não apenas prolonga a vida, mas também melhora significativamente a saúde e a vitalidade na velhice.

Publicado recentemente na revista Cell Metabolism, o estudo revela que o tratamento mensal em camundongos pode estender sua expectativa de vida em até 9%, o que, em termos humanos, pode significar um acréscimo de 8 a 10 anos de vida saudável.

O método desenvolvido pelos cientistas consiste na remoção mensal de células inflamatórias específicas, conhecidas por expressarem o gene p21, dos tecidos dos camundongos. Essas células, responsáveis por promover inflamação crônica, são associadas ao envelhecimento e ao declínio da função física.

Nos experimentos, camundongos tratados com essa abordagem não apenas viveram mais, mas também mantiveram uma saúde física superior em comparação aos não tratados. Eles apresentaram maior força de preensão e velocidade de caminhada, dois indicadores cruciais de saúde e longevidade.

Tratamento para prolongar a vida

Os resultados do estudo são animadores, especialmente porque abordam um dos maiores desafios do envelhecimento: a manutenção da qualidade de vida. A maioria das intervenções atuais pode prolongar a vida, mas muitas vezes à custa de uma saúde debilitada na velhice.

No entanto, a pesquisa da Universidade de Connecticut sugere que é possível prolongar a vida útil sem sacrificar a vitalidade. Em termos práticos, isso significaria adicionar anos à vida com boa saúde, permitindo que os idosos mantenham sua independência e qualidade de vida por mais tempo.

Embora os estudos em humanos ainda estejam em fase preliminar, a perspectiva de traduzir esses resultados para tratamentos humanos é promissora. Caso os mesmos efeitos sejam observados em humanos, o tratamento poderia prolongar a vida saudável em até uma década. Isso teria um impacto significativo na saúde pública, potencialmente reduzindo a incidência de doenças crônicas e melhorando a qualidade de vida na terceira idade.

Os próximos passos da pesquisa incluem o desenvolvimento de métodos seguros e eficazes para aplicar essa tecnologia em humanos. O professor Ming Xu, principal autor do estudo, e sua equipe estão trabalhando intensamente para adaptar o tratamento à biologia humana, com o objetivo de iniciar testes clínicos em um futuro próximo.

Sobre:
Compartilhe:
Siga:
Jornalista especializado em tecnologia, com atuação de mais de 10 anos no setor tech público e privado, tendo realizado a cobertura de diversos eventos, premiações a anúncios.
Sair da versão mobile