Surpreendente! Pesquisadores descobrem como o cérebro processo o fluxo do tempo

Por Cássio Gusson
Foto: Dall-e

Pesquisadores da UCLA avançam na compreensão de como o cérebro humano percebe o tempo e as experiências. Um estudo recente, publicado na revista Nature, revela detalhes sobre como células cerebrais codificam o fluxo do tempo, ajudando a formar memórias e antecipar futuros eventos.

Essas descobertas podem ter impacto no desenvolvimento de dispositivos neuroprotéticos e na inteligência artificial (IA), melhorando funções cognitivas como memória e tomada de decisões.

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No experimento, 17 participantes com epilepsia foram observados enquanto realizavam tarefas comportamentais envolvendo reconhecimento de padrões e sequenciamento de imagens. Os pesquisadores monitoraram a atividade de neurônios específicos no cérebro durante esse processo.

O estudo constatou que certas células cerebrais disparavam em resposta à ordem e à estrutura das experiências vividas pelos participantes. Após a conclusão das tarefas, o cérebro foi capaz de reproduzir rapidamente esses padrões de disparo enquanto estava em repouso.

Como o cérebro processo o fluxo do tempo

As descobertas revelam que o cérebro utiliza esses padrões aprendidos para antecipar estímulos futuros, o que é essencial para a formação de memória e previsão de resultados.

Segundo o Dr. Itzhak Fried, diretor de cirurgia de epilepsia da UCLA Health, o estudo demonstra pela primeira vez como o cérebro integra informações de “o quê” e “quando” para criar representações das experiências ao longo do tempo. Essas representações temporais são cruciais não só para a memória, mas também para guiar comportamentos e tomar decisões.

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Além de fornecer insights sobre o funcionamento do cérebro, o estudo abre caminho para o desenvolvimento de novas tecnologias que poderiam melhorar a qualidade de vida de pessoas com dificuldades cognitivas.

Dispositivos neuroprotéticos, baseados nessas descobertas, poderiam ser projetados para ajudar na recuperação de memórias ou na melhoria da cognição. A inteligência artificial também se beneficiaria desse conhecimento, especialmente no desenvolvimento de sistemas que imitam o processamento cerebral para aprender com experiências passadas e prever eventos futuros.

Essas pesquisas são baseadas em estudos anteriores que mostram como o hipocampo e o córtex entorrinal desempenham papéis fundamentais na navegação espacial e nas funções de memória.

O trabalho de Fried já havia identificado células cerebrais responsáveis por mapear locais específicos e, agora, amplia esse conhecimento para incluir o tempo e as experiências.

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Jornalista especializado em tecnologia, com atuação de mais de 10 anos no setor tech público e privado, tendo realizado a cobertura de diversos eventos, premiações a anúncios.
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