IA acelera diagnóstico precoce de demência com exame de EEG

Por Luciano Rodrigues
IA acelera diagnóstico precoce de demência com exame de EEG - Imagem: Dall-E

Cientistas do Programa de Inteligência Artificial em Neurologia (NAIP) da Mayo Clinic estão desenvolvendo um sistema inovador que usa IA e aprendizado de máquinas para interpretar exames de eletroencefalograma (EEG) com mais rapidez e precisão.

O objetivo é ajudar a identificar sinais precoces de demência, algo que, normalmente, seria difícil de detectar apenas com a análise humana.

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O EEG é um exame tradicional usado para monitorar a atividade cerebral e detectar condições como epilepsia, mas agora, com a ajuda da IA, ele pode ser transformado em uma ferramenta acessível para a identificação de doenças cognitivas.

De acordo com a pesquisa publicada no Brain Communications, o sistema da IA permite a análise de padrões cerebrais sutis, que muitas vezes passam despercebidos pelos especialistas. Isso pode ajudar a diferenciar doenças cognitivas como Alzheimer e demência por corpos de Lewy de forma mais eficiente.

IA e aprendizado de máquina no diagnóstico precoce

O estudo usou dados de mais de 11 mil pacientes da Mayo Clinic ao longo de uma década.

Com base nessas informações, os cientistas treinaram o modelo de IA para identificar características específicas nas ondas cerebrais que podem indicar problemas cognitivos.

Esse avanço permite uma análise mais rápida e precisa dos exames, tornando o diagnóstico de demência mais acessível e potencialmente disponível em áreas com menos recursos, como regiões rurais.

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Dr. David T. Jones, neurologista e diretor do NAIP, enfatiza que a tecnologia não substituirá exames mais complexos, como ressonâncias magnéticas, mas pode complementar o processo de diagnóstico em casos precoces de perda de memória.

Detectar problemas de memória antes de serem óbvios é crucial para o tratamento correto dos pacientes.

Embora os resultados sejam promissores, os cientistas ainda apontam que mais anos de pesquisa serão necessários antes que a tecnologia esteja disponível para uso clínico em larga escala.

Mas o uso de IA em exames como o EEG demonstra o potencial das inovações tecnológicas na medicina, com o objetivo de aprimorar as capacidades diagnósticas e beneficiar pacientes em todo o mundo.

A pesquisa foi financiada por instituições como a Epilepsy Foundation of America, National Institutes of Health, e a Fundação Nacional da Ciência dos EUA.

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Jornalista, assessor de comunicação, escritor e comunicador, com MBA em jornalismo digital e 12 anos de experiência, tendo passado também por alguns veículos no setor tech.
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