Nova descoberta destaca que Santo Sudário, o lençol que enrolou Cristo após sua morte, pode ser verdadeiro

Por Cássio Gusson
Santo Sudário. Foto: Dall-e

O Santo Sudário, também conhecido como Sudário de Turim, há muito tempo é objeto de fascínio e controvérsia. A relíquia, um pedaço de linho com a imagem de um homem barbudo, tem sido venerada por muitos como o pano que envolveu o corpo de Jesus Cristo após sua crucificação. Agora, uma nova descoberta científica pode lançar luz sobre a veracidade dessa antiga crença.

Recentemente, pesquisadores italianos do Instituto de Cristalografia do Conselho Nacional de Pesquisa usaram tecnologia avançada de raio-x para analisar o Santo Sudário. O estudo focou em oito pequenas amostras de tecido do linho, que está cuidadosamente preservado pela Igreja Católica em Turim, Itália.

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Através de uma análise detalhada da estrutura da celulose e dos padrões de envelhecimento do tecido, os cientistas compararam o sudário com outros linhos datados do primeiro século, encontrados em Israel.

Os resultados dessa pesquisa sugerem que o Santo Sudário foi, de fato, fabricado há cerca de 2.000 anos, aproximadamente no mesmo período em que, segundo a tradição cristã, Jesus Cristo viveu e foi crucificado. Isso contradiz estudos anteriores, realizados em 1988, que datavam o sudário entre os anos de 1260 e 1390, alegando que a relíquia era uma falsificação medieval.

Santo Sudário

Liberato De Caro, o principal autor do estudo recente, questiona a confiabilidade da datação por carbono utilizada nos estudos passados. Segundo De Caro, as amostras de tecido analisadas em 1988 poderiam estar contaminadas, comprometendo a precisão dos resultados. Ele argumenta que a técnica usada na época não conseguia eliminar completamente todas as formas de contaminação, o que poderia ter levado à conclusão errada sobre a origem medieval do sudário.

Além disso, a pesquisa destaca que a técnica utilizada para imprimir a imagem do homem barbudo no tecido era desconhecida no período medieval, o que levanta dúvidas sobre como a imagem poderia ter sido criada se o sudário fosse realmente uma falsificação.

A descoberta reacende o debate sobre a autenticidade do Santo Sudário. Para os crentes, a relíquia representa uma prova tangível do sepultamento de Jesus Cristo e, possivelmente, de sua ressurreição. A imagem gravada no sudário é considerada por muitos como um registro tridimensional do corpo de Cristo, um fenômeno que até hoje intriga cientistas e historiadores.

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A Bíblia relata que José de Arimateia, um seguidor de Jesus, envolveu o corpo de Cristo em um lençol de linho antes de colocá-lo em um túmulo. Se as novas evidências forem confirmadas, o Santo Sudário pode ser essa peça histórica, preservando por séculos o mistério e a fé em torno do homem que mudou o curso da história.

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Jornalista especializado em tecnologia, com atuação de mais de 10 anos no setor tech público e privado, tendo realizado a cobertura de diversos eventos, premiações a anúncios.
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