Pangea Ultima: Cientistas cravam quando supercontinente vai extinguir a raça humana

Por Luciano Rodrigues
Cientistas cravam quando supercontinente Pangea Ultima vai extinguir a raça humana - Imagem: Dall-E

Cientistas da Universidade de Bristol, na Inglaterra, publicaram uma pesquisa que, com base na formação de um supercontinente chamado Pangea Ultima, crava quando os mamíferos, incluindo os humanos, podem ser extintos do planeta. De acordo com o estudo, publicado na revista científica Nature Geoscience, em cerca de 250 milhões de anos, com o aquecimento global o planeta deve ficar inabitável.

Os modelos climáticos desenvolvidos por um supercomputador indicam que os extremos climáticos serão significativamente intensificados quando os continentes do mundo se unirem para formar um supercontinente quente, seco e em grande parte inabitável, chamado de Pangea Ultima, e que deve surgir nos próximos 250 milhões de anos.

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O processo de formação de supercontinentes também pode desencadear erupções vulcânicas mais frequentes, resultando em grandes emissões de dióxido de carbono na atmosfera, contribuindo ainda mais para o aquecimento global.

Historicamente, os mamíferos têm sobrevivido graças à sua capacidade de se adaptar a extremos climáticos, como pelagem e hibernação em climas frios, e breves períodos de hibernação em climas quentes. A criação desse supercontinente, no entanto, seria fatal, explicou Alexander Farnsworth, um dos autores e pesquisador sênior associado da Universidade de Bristol.

“O supercontinente recém-formado efetivamente criaria um triplo golpe, composto pelo efeito de continentalidade, sol mais quente e mais CO2 na atmosfera, aumentando o calor para grande parte do planeta. O resultado é um ambiente principalmente hostil, desprovido de fontes de alimentos e água para os mamíferos”, disse.

Pangea Ultima: O Supercontinente inabitável

A equipe internacional de cientistas utilizou modelos climáticos para simular as condições esperadas no Pangea Ultima. Além disso, foram empregados modelos para prever os níveis futuros de dióxido de carbono, levando em consideração processos como movimento de placas tectônicas, química oceânica e biologia.

Farnsworth detalha que o panorama no futuro distante parece bastante sombrio, com os níveis de dióxido de carbono podendo chegar ao dobro dos níveis atuais. Com o sol também previsto para emitir cerca de 2,5% mais radiação e o supercontinente se localizando principalmente nos trópicos quentes e úmidos, grande parte do planeta poderia enfrentar temperaturas entre 40°C e 70°C.

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Para formar o supercontinente Pangea Ultima, diversos continentes se unirão ao longo de milhões de anos. As Américas, compostas pela América do Norte e América do Sul, se juntarão inicialmente. Posteriormente, a África colidirá com as Américas, integrando-se à nova massa terrestre. A Europa também se conectará a essa formação, seguida pela Ásia, incluindo a Eurásia, que se moverá para se unir ao supercontinente em formação. Por fim, a Austrália migrará em direção à Ásia, completando a integração dos continentes em Pangea Ultima.

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Jornalista, assessor de comunicação, escritor e comunicador, com MBA em jornalismo digital e 12 anos de experiência, tendo passado também por alguns veículos no setor tech.
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