Americano é a primeira pessoa do mundo com coração de titânio

Por Cássio Gusson
Imagem: BiVACOR
  • Inovação revolucionária: Primeiro homem vive com coração de titânio por 105 dias.
  • Avanço médico: Coração artificial BiVACOR pode transformar transplantes no futuro.
  • História inspiradora: Tecnologia mantém paciente vivo até transplante de sucesso.

Um homem viveu por mais de 100 dias com um coração de titânio artificial magnético funcionando dentro do peito. Em um momento histórico, ele recebeu alta no início deste ano, tornando-se a primeira pessoa do mundo a sair do hospital com o dispositivo em seu corpo.

No dia 26 de julho de 2024, o Texas Heart Institute realizou o primeiro implante do coração artificial BiVACOR em um paciente. Assim, o objetivo era manter o homem vivo até o transplante de um coração humano. Apenas oito dias depois, o procedimento foi realizado com sucesso, e o paciente recebeu alta.

Desde então, quatro outros pacientes nos EUA usaram o BiVACOR Total Artificial Heart (TAH) enquanto esperavam por transplantes. Além disso, o tempo máximo de espera antes da cirurgia foi de 27 dias.

Agora, a empresa BiVACOR alcançou um novo marco. Um homem na casa dos 40 anos, da Austrália, saiu do hospital em fevereiro com o coração artificial funcionando em seu corpo. Desse modo, ele recebeu o implante em 22 de novembro de 2024 e, após 105 dias, recebeu um coração humano em 6 de março de 2025.

Coração de titânio
Imagem: BiVACOR

Coração de titânio

Pela primeira vez, o coração magnético operou fora do hospital, demonstrando sua segurança. O invento é obra do cientista australiano Dr. Daniel Timms, que celebrou o feito: “É incrível ver nosso dispositivo manter um paciente vivo por tanto tempo”.

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Diferente de outros modelos, o BiVACOR TAH usa uma bomba rotativa eletromecânica para impulsionar o sangue, evitando o desgaste rápido de materiais flexíveis. O dispositivo conta com levitação magnética, semelhante à tecnologia usada em trens de alta velocidade, e é controlado por um pequeno aparelho externo com bateria recarregável.

Embora ainda não seja uma solução permanente, especialistas veem um futuro promissor. Segundo o cardiologista Chris Hayward, o avanço abre portas para um novo padrão de transplantes no mundo. Com esse progresso, pacientes podem ter mais chances de sobreviver até conseguirem um coração humano adequado.

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Jornalista especializado em tecnologia, com atuação de mais de 10 anos no setor tech público e privado, tendo realizado a cobertura de diversos eventos, premiações a anúncios.
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