Burnout atinge 42,5% dos profissionais de TI no Brasil

  • Setor de TI lidera índice de Burnout com 42,5% dos casos.
  • Mulheres em cargos de liderança enfrentam maior esgotamento.
  • Mais de 50% dos jovens iniciam carreira já em exaustão.

O setor de Tecnologia da Informação enfrenta uma crise silenciosa de saúde mental. O problema tem afetado quase metade dos profissionais da área, colocando em cheque a importância da saúde mental.

Um estudo inédito da Telavita, healthtech especializada em psicologia e psiquiatria digitais, revelou que 42,5% dos profissionais de TI apresentam Burnout completo. A taxa é a mais alta entre todos os setores analisados, superando áreas como Administração, Marketing e Produção.

De acordo com a psicóloga e diretora clínica da Telavita, Aline Silva, o cenário é crítico:

Profissionais de TI estão cada vez mais sobrecarregados por demandas contínuas, prazos apertados e um ambiente de constante mudança. A pressão por performance, aliada à hiperconectividade, cria o cenário perfeito para o esgotamento.

Além do Burnout completo, 38,1% dos profissionais de TI relatam sintomas claros de esgotamento, como distanciamento emocional, irritabilidade e baixa motivação. A pesquisa foi realizada com 4.440 profissionais de diferentes níveis hierárquicos e setores econômicos.

Além do Burnout, mulheres líderes e jovens estão entre os mais afetados

Embora a área de TI concentre os maiores números absolutos de Burnout, o estudo apontou outros grupos com incidência alarmante. Entre as mulheres em cargos de alta gestão, 66,67% já enfrentam a síndrome. Em cargos intermediários, como coordenação e gerência, 40,8% estão em risco alto. No nível operacional, o esgotamento atinge mais da metade das mulheres e quase metade dos homens.

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Além disso, a situação também afeta o início da vida profissional: mais da metade dos jovens entre 18 e 25 anos (51,94%) já apresenta sinais de Burnout. Isso levanta preocupações sobre a sustentabilidade emocional da futura força de trabalho.

Outros setores também mostraram índices elevados. Por exemplo, Administração e Finanças chegou a 38,1% em risco alto; Marketing e Vendas aprsesntou 39,8% já esgotados e Serviços Gerais com 44,2% com sintomas evidentes.

Aline Silva conclui:

O Burnout não é apenas um diagnóstico clínico, é um alerta de que algo está estruturalmente errado na forma como estamos trabalhando.

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Jornalista, assessor de comunicação, escritor e comunicador, com MBA em jornalismo digital e 12 anos de experiência, tendo passado também por alguns veículos no setor tech.
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