Incrível! Cientistas transformam células da pele em neurônios funcionais com 1.000% de eficiência

Por Cássio Gusson
Foto: Dall-e
  • Avanço incrível: Cientistas transformam células da pele em neurônios funcionais.
  • Medicina do futuro: Técnica pode revolucionar tratamentos para doenças cerebrais.
  • Eficiência recorde: Método atinge 1.000% de eficácia na conversão celular.

Em um avanço revolucionário, cientistas do MIT descobriram como transformar células da pele diretamente em células cerebrais. O método elimina a necessidade de convertê-las em células-tronco primeiro.

Antes, produzir células-tronco envolvia retirar material de tecidos embrionários, levantando questões éticas. Assim, em 2006, cientistas japoneses desenvolveram uma técnica para reverter células maduras em células-tronco pluripotentes induzidas (iPSCs), que depois podiam ser transformadas em outros tipos celulares.

Apesar do prêmio Nobel pela descoberta, essa abordagem tinha desafios. De acordo com as pesquisas, muitas células ficavam presas em estágios intermediários, reduzindo a eficiência. Inicialmente, menos de 0,1% das células completavam o processo, embora métodos mais recentes tivessem melhorado os números.

Desse modo, agora, pesquisadores do MIT eliminaram essa etapa intermediária, convertendo células da pele diretamente em neurônios motores. O novo processo atingiu uma eficiência de mais de 1.000%, gerando 10 células cerebrais para cada célula de pele usada.

A cientista Katie Galloway, líder do estudo, explicou que um grande obstáculo era evitar que as células ficassem presas em transições inacabadas. Para resolver isso, a equipe utilizou um conjunto de três fatores de transcrição (NGN2, ISL1 e LHX3), em vez de seis usados anteriormente.

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Células da pele em neurônios
Imagem: https://www.cell.com/

Células da pele em neurônios

Esses três fatores foram inseridos em um vetor viral, permitindo uma dosagem precisa em cada célula. Um segundo vírus estimulou a multiplicação das células antes da conversão, tornando-as mais receptivas.

Nos testes, as células convertidas produziram sinais elétricos e de cálcio, confirmando seu funcionamento. Quando transplantadas em cérebros de camundongos, essas células se integraram e formaram conexões com outros neurônios.

Para células humanas, a técnica atingiu entre 10% e 30% de eficiência, um avanço significativo comparado aos 0,1% iniciais. Os cientistas trabalham para aprimorar o processo e esperam que ele beneficie pacientes com ELA e outras doenças neurodegenerativas.

Se esse progresso continuar, a ciência pode revolucionar o tratamento de lesões cerebrais e doenças neuromotoras, abrindo novas possibilidades para a medicina regenerativa.

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Jornalista especializado em tecnologia, com atuação de mais de 10 anos no setor tech público e privado, tendo realizado a cobertura de diversos eventos, premiações a anúncios.
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