Duas plantas comuns no Brasil podem revolucionar tratamento do Alzheimer

Por Luciano Rodrigues
Imagem: Dall-E
  • Composto de alecrim e sálvia mostra resultados promissores.
  • Novo tratamento pode ajudar no combate ao Alzheimer.
  • Pesquisa indica novas esperanças no tratamento de doenças neurodegenerativas.

O Alzheimer, doença neurodegenerativa mais comum no mundo, continua desafiando cientistas na busca por tratamentos eficazes. Recentemente, uma pesquisa do Scripps Research Institute, na Califórnia, trouxe uma boa notícia: o ácido carnósico, presente no alecrim e na sálvia, pode ter efeitos neuroprotetores poderosos, abrindo novas possibilidades no tratamento da doença.

De acordo com matéria do ICL Notícias, o estudo mostrou que o ácido carnósico possui propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias que podem melhorar a memória, aumentar as conexões neuronais e reduzir a inflamação no cérebro — fatores chave para combater o Alzheimer.

No entanto, o ácido carnósico puro apresentava um grande problema: sua instabilidade. Para contornar isso, os pesquisadores desenvolveram uma versão modificada e estável chamada diAcCA (uma forma diacetilada do ácido carnósico). Esse composto foi testado com camundongos, e os resultados foram promissores.

Os testes realizados com camundongos mostraram melhorias significativas:

    • Aumento da memória após testes específicos.
    • Maior número de sinapses no cérebro.
    • Redução da inflamação e do estresse oxidativo.
    • Remoção de proteínas tóxicas, como a beta-amiloide e tau fosforilada, associadas ao Alzheimer.

Além disso, o diAcCA se converte em ácido carnósico no intestino, aumentando sua absorção em 20% em comparação com a versão original. Esse composto atinge níveis terapêuticos no cérebro em apenas uma hora, o que demonstra sua rapidez e eficiência.

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Um futuro promissor para o tratamento do Alzheimer

O diAcCA não apresentou toxicidade nos testes com camundongos, o que o torna uma opção viável para ensaios clínicos em humanos. A descoberta abre portas não apenas para o tratamento de Alzheimer, mas também para doenças inflamatórias como o Parkinson e diabetes tipo 2. Embora mais testes sejam necessários, a segurança do diAcCA é um ponto favorável, já que ele é derivado de um composto natural conhecido por sua segurança.

A pesquisa, publicada na revista científica Antioxidants, tem o potencial de acelerar o desenvolvimento de novos tratamentos, aproveitando as terapias existentes e potencializando seus efeitos. Se os ensaios clínicos confirmarem a eficácia do diAcCA, ele poderá se tornar um divisor de águas no tratamento do Alzheimer

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Jornalista, assessor de comunicação, escritor e comunicador, com MBA em jornalismo digital e 12 anos de experiência, tendo passado também por alguns veículos no setor tech.
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