- Alerta hospitalar: Bactérias resistentes ameaçam pacientes internados.
- Superbactérias persistem: Ralos de pias abrigam microrganismos perigosos.
- Risco crescente: Infecções hospitalares desafiam sistemas de saúde.
Um estudo recente revelou um grave risco para pacientes hospitalares. Assim, os ralos das pias dos hospitais abrigam bactérias resistentes a antibóticos, dificultando a eliminação dessas ameaças, mesmo com limpeza rigorosa.
Pacientes internados estão cada vez mais expostos a infecções associadas à assistência à saúde (IACS). Assim, essas infecções custam bilhões aos sistemas de saúde e causam milhares de mortes. Na União Europeia, são mais de 3,5 milhões de casos por ano, levando a 90.000 mortes.
Nos Estados Unidos, as infecções hospitalares estão entre as seis principais causas de morte. Pacientes com sistema imunológico comprometido correm ainda mais riscos, especialmente em hospitais que não seguem protocolos de higiene rigorosos.
Pesquisadores identificaram que os ralos das pias alojam colônias bacterianas resistentes. Mesmo com limpeza frequente e uso de desinfetantes poderosos, as bactérias continuam a crescer e evoluir, tornando-se mais difíceis de eliminar.
A cientista Dra. Margarita Gomila alerta que esses drenos são verdadeiros reservatórios ocultos de patógenos. “Controlar o crescimento bacteriano é um problema global e requer soluções inovadoras”, afirma.
Principais bactérias e superbactérias encontradas
Entre as bactérias identificadas estão Pseudomonas aeruginosa, causadora de pneumonia e sepse, e Klebsiella pneumoniae, conhecida por resistir a vários medicamentos. Ambas estão na lista de ameaças prioritárias da OMS.
Pesquisadores também encontraram bactérias do grupo ESKAPE, que se proliferam rapidamente e resistem a diversos antibóticos. Desse modo, o gene blaVIM, que torna os microrganismos resistentes a medicamentos de última geração, foi detectado em algumas cepas.
Assim, os cientistas enfatizam que é essencial reforçar protocolos de limpeza e estudar como essas bactérias se espalham. “Precisamos de medidas urgentes para evitar que essas superbactérias coloquem mais vidas em risco”, alerta o pesquisador José Laço.
Os hospitais devem intensificar os cuidados com a higiene e desenvolver novas estratégias para impedir a disseminação dessas bactérias. Desse modo, a resistência antimicrobiana é um desafio global e precisa ser combatida antes que seja tarde demais
