- Starfish planeja lançar chip cerebral no final de 2025.
- Tecnologia promete acesso a múltiplas regiões do cérebro.
- Empresa também desenvolve soluções para tratamentos neurológicos.
Gabe Newell, cofundador da Valve e criador de sucessos como Half-Life e Counter-Strike, decidiu transformar um antigo interesse em um projeto real. Em 2019, ele criou discretamente a Starfish Neuroscience, uma startup focada no desenvolvimento de interfaces cérebro-computador.
Agora, a empresa revelou que planeja lançar seu primeiro chip cerebral até o final de 2025.
A Starfish não busca, neste momento, criar um implante cerebral completo. No entanto, trabalha no desenvolvimento de um chip de eletrofisiologia, capaz de registrar e estimular a atividade cerebral, muito parecido com o que a Neuralink já realiza. Ou mesmo com a proposta da startup Synchron.
Nate Cermak, neuroengenheiro da Starfish, comentou, de acordo com o The Verge:
Prevemos que nossos primeiros chips chegarão no final de 2025 e estamos interessados em encontrar colaboradores para quem tal chip abriria novos e empolgantes caminhos.
Starfish promete chip menor, eficiência e múltiplas conexões
A proposta da Starfish é entregar um dispositivo menos invasivo que o da Neuralink e que permita acesso simultâneo a múltiplas regiões do cérebro. O chip mede apenas 2 x 4 mm, consome 1,1 miliwatt durante gravação normal e pode funcionar via transmissão de energia sem fio.
A especificação inclui 32 locais de eletrodos com 16 canais de gravação simultâneos a 18,75 kHz, além de capacidade para estimular o cérebro com pulsos bifásicos. A fabricação ocorre no processo TSMC de 55 nm, padrão na indústria de semicondutores.
A tecnologia busca oferecer soluções para tratamento de doenças neurológicas, como Parkinson, depressão e transtorno bipolar, por exemplo. Além disso, a Starfish destaca que distúrbios cerebrais muitas vezes envolvem interações desreguladas entre regiões, o que reforça a importância de múltiplos pontos de conexão.
Além do chip, a empresa desenvolve um dispositivo de hipertermia de precisão, que visa destruir tumores com calor direcionado, e um sistema de estimulação magnética transcraniana (EMT), guiado por robôs para tratamentos neurológicos.