Superbactéria que pode desencadear nova pandemia global já está em 16 países

Por Cássio Gusson
Superbactéria pode gerar nova pandemia global. Foto: Dall-e

Uma nova ameaça à saúde global está emergindo: a superbactéria Klebsiella pneumoniae, identificada como um patógeno hipervirulento e resistente a múltiplos antibióticos. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), esta bactéria tem potencial para desencadear a próxima pandemia, e já foi detectada em 16 países, incluindo Reino Unido, Estados Unidos, China e Brasil.

A Klebsiella pneumoniae não é um nome novo na microbiologia; no entanto, as cepas recentemente detectadas são diferentes. Classificadas como hipervirulentas, essas cepas têm uma capacidade maior de causar doenças graves, mesmo em indivíduos saudáveis, uma característica que as distingue das cepas clássicas que normalmente afetam apenas pessoas com o sistema imunológico comprometido.

A bactéria é especialmente perigosa por ser resistente a praticamente todos os antibióticos disponíveis, incluindo os de última linha, deixando poucas opções de tratamento.

Os relatos de infecções causadas por essa superbactéria vêm aumentando rapidamente. Entre os países que registraram casos estão o Reino Unido, EUA, Argélia, Argentina, Austrália, Canadá, China, Índia e Japão. O mais preocupante é que 12 desses países, incluindo o Reino Unido, relataram uma cepa específica que se tornou resistente a todos os antibióticos usados para tratá-la, elevando ainda mais o nível de alerta global.

Nova pandemia

A disseminação da Klebsiella pneumoniae é um lembrete sombrio de que a resistência antimicrobiana continua a ser uma das maiores ameaças à saúde global. A OMS já classificou essa bactéria como um patógeno de “alto risco”, dado seu potencial para causar uma pandemia. A capacidade dessa bactéria de sobreviver a todos os tratamentos conhecidos a coloca na vanguarda das ameaças que poderiam superar o sistema de saúde global.

A prevenção e o controle de infecções hospitalares são essenciais para conter essa ameaça. O uso responsável de antibióticos, aliado ao desenvolvimento de novos medicamentos e à vigilância epidemiológica rigorosa, são cruciais para evitar que essa superbactéria se espalhe ainda mais e cause um impacto devastador.

Compartilhe:
Siga:
Jornalista especializado em tecnologia, com atuação de mais de 10 anos no setor tech público e privado, tendo realizado a cobertura de diversos eventos, premiações a anúncios.
Sair da versão mobile