Cientistas deram um passo importante para responder a uma das perguntas mais intrigantes da humanidade: é possível viajar no tempo? A teoria das cordas cósmicas, cada vez mais estudada, oferece uma resposta promissora. No entanto, sua aplicação depende de fenômenos ainda não totalmente compreendidos.
Cordas cósmicas são estruturas hipotéticas extremamente densas e longas. Elas seriam como fios invisíveis, mais finos do que qualquer objeto conhecido, mas com uma densidade colossal, capaz de concentrar a massa de estrelas inteiras.
Quando se movimentam em velocidades próximas à da luz, essas cordas poderiam gerar distorções no espaço-tempo, criando um efeito semelhante ao dos buracos de minhoca.
A origem dessas estruturas ainda divide os cientistas. Uma hipótese sugere que elas derivam da teoria das supercordas, segundo a qual as partículas fundamentais do universo seriam formadas por cordas vibrantes que se espalham pelo cosmos. Outra visão propõe que as cordas são “cicatrizes” deixadas pelas primeiras fases do universo, durante transições cósmicas que ocorreram logo após o Big Bang.
Segundo o físico J. Richard Gott, da Universidade de Princeton, duas cordas cósmicas que se movem quase na velocidade da luz poderiam criar um loop no espaço-tempo. Esse fenômeno abriria um atalho entre o passado e o futuro, viabilizando, em teoria, viagens temporais sem os paradoxos que tanto desafiam a lógica.
Viagem no tempo, será que é possível?
Apesar do entusiasmo em torno da teoria, detectar essas cordas é uma tarefa extremamente difícil. A alta densidade delas gera um fenômeno chamado lente gravitacional, capaz de distorcer a luz de galáxias e estrelas. Essa característica torna as cordas quase invisíveis para os telescópios convencionais.
Para superar esse obstáculo, cientistas têm usado telescópios ultrassensíveis. A observação de pequenas distorções no brilho de estrelas individuais pode fornecer pistas sobre a existência dessas estruturas. Se identificadas, as cordas cósmicas marcariam um divisor de águas na física moderna.
A confirmação dessa teoria não apenas abriria portas para viagens no tempo, mas também aprofundaria nosso entendimento sobre a origem e os limites do universo. Enquanto a busca continua, astrônomos e físicos trabalham com ferramentas avançadas e colaboram globalmente para desvendar esse enigma cósmico.