O Itaú Unibanco, que ocupa a posição de maior banco privado do Brasil, anunciou a expansão de seus serviços de negociação de Bitcoin e Ether para todos os clientes, medida que marca um passo significativo para tornar o comércio de criptomoedas mais acessível a um público mais amplo na América Latina.
O Itaú Unibanco, que atende mais de 60 milhões de clientes, começou a oferecer negociação de criptomoedas por meio de sua plataforma de investimentos ‘Ion’ em dezembro de 2023. Inicialmente, o serviço era exclusivo para clientes selecionados, mas foi gradualmente disponibilizado para todos os usuários que baixam o aplicativo da plataforma.
Guto Antunes, head do Itaú Digital Assets, confirmou esse desenvolvimento. Segundo ele, o banco tem realizado pesquisas semanais com clientes que foram autorizados a realizar operações com criptomoedas e os resultados indicaram um alto grau de aceitação e confiança dos clientes em relação aos serviços de criptografia do Itaú.
Um fator chave que contribui para essa confiança é a abordagem do Itaú em relação à custódia de criptomoedas, que desenvolveu sua própria ferramenta interna para garantir a segurança das carteiras criptografadas dos clientes, ao invés de depender de serviços de terceiros.
Ion do Itaú já teve mais de 3,5 milhões de downloads para Android e iOS
Em conformidade com as regulamentações do Banco Central do Brasil, o Itaú criou uma carteira digital separada para cada cliente.
Esta etapa garante a segregação de ativos, um requisito crucial para a conformidade legal no mercado criptográfico.
O Banco Central do Brasil tem implementado gradualmente regulamentações criptográficas, com novas propostas esperadas até o final do ano.
Antunes referiu que este número impressiona, sobretudo tendo em conta a implementação faseada do serviço. A alta taxa de download – 3,5 milhões – reflete o crescente interesse e demanda pela negociação de criptomoedas no Brasil.
Atualmente, o Itaú oferece suporte à negociação de Bitcoin e Ether, mas há planos de expansão para outras criptomoedas à medida que a demanda dos clientes aumentar.
A expansão também dependerá do resultado das avaliações de risco regulatório, garantindo que todas as novas ofertas cumpram as regulamentações existentes e futuras.
Olhando para o futuro, o Itaú também está antecipando novas orientações do Banco Central do Brasil em relação às operações de stablecoin.
Espera-se que essas regras proporcionem maior clareza e estrutura ao mercado de stablecoin no Brasil, potencialmente abrindo novas oportunidades tanto para o Itaú quanto para seus clientes.