A Justiça brasileira deu um passo significativo para ampliar o controle sobre o mercado de criptomoedas, firmando um acordo inédito com a Associação de Criptoeconomia para criar um sistema que conecta o setor de moedas digitais ao Poder Judiciário.
Com duração de cinco anos, o acordo tem como objetivo facilitar a apreensão de criptoativos em casos de suspeitas de fraudes, lavagem de dinheiro e outros crimes.
A partir de agora, todas as corretoras de criptomoedas que atuam no Brasil serão obrigadas a se cadastrar no novo sistema, o que permitirá que as autoridades tenham maior controle sobre as transações realizadas através dessas plataformas.
Dessa forma, em casos onde há ordens judiciais para o bloqueio ou confisco de valores em cripto, a Justiça poderá agir de maneira mais ágil e eficiente, evitando os longos processos burocráticos anteriormente necessários.
Atualmente, as compras de ativos digitais podem ser feitas de duas maneiras: diretamente por conta própria, o que permanece “irrastreável”; ou através de corretoras, que serão o foco principal do controle judicial.
Embora o movimento possa ser visto como uma perda do caráter de liberdade e ausência do Estado, características fundamentais do mercado cripto, ele oferece maior segurança para evitar golpes e fraudes.
Crescimento do mercado de criptomoedas no Brasil
O número de investidores em criptoativos tem crescido de forma exponencial no Brasil. Segundo dados recentes, o número de brasileiros investindo nesse setor saltou de 1,5 milhão em 2022 para cerca de 4,1 milhões ao final de 2023. Em comparação, a B3, Bolsa de Valores brasileira, possui aproximadamente 5 milhões de investidores.
Esse crescimento acentuado levou as autoridades a intensificarem a regulação do mercado, trazendo medidas que buscam equilibrar a inovação com a segurança jurídica, essencial para a confiança dos investidores e a prevenção de crimes financeiros.
Além do novo sistema de controle para apreensão de criptoativos, o mercado brasileiro conta com uma série de operações e serviços voltados para a regulação e segurança dos investidores em criptomoedas.
Corretoras que operam no Brasil, como Mercado Bitcoin e Binance, já estão alinhadas com as regras impostas pelo Banco Central e outras autoridades regulatórias, promovendo maior transparência e segurança nas transações.