Preço do Bitcoin hoje 09/10/2024: BTC fica no 0 a 0 e praticamente não se move nas últimas 24h

Por Luciano Rodrigues
Foto: Dall-e

Qual o preço do Bitcoin hoje? Nesta quarta-feira, 09 de outubro de 2024, o preço do Bitcoin (BTC) está em US$ 62.109 registrando uma alta queda de 0,3%. Os touros e os ursos ‘descansaram’ nas últimas 24h e o preço do Bitcoin praticamente não se moveu, permanecendo em US$ 62 mil.

O preço do Bitcoin (BTC) estabilizou-se acima de US$ 62.000 nesta quarta-feira, após uma leve queda no início da semana. Segundo o analista Manish Chhetri, essa recuperação pode não ser suficiente para sustentar um novo rali de alta.

“O fechamento diário abaixo desse nível sugeriria uma queda à frente”, afirmou. Ele destacou que o enfraquecimento na demanda institucional é um dos principais fatores por trás dessa possível pressão de venda, o que pode resultar em uma nova retração no preço da criptomoeda.

Conforme dados recentes, os ETFs de Bitcoin à vista nos Estados Unidos registraram uma saída de US$ 58,20 milhões na terça-feira, sinalizando um declínio no interesse por parte dos investidores institucionais.

“A análise dos fluxos dos ETFs pode ser um indicador valioso para observar o sentimento dos grandes investidores em relação ao Bitcoin. Se a magnitude das saídas aumentar, veremos um impacto direto na demanda, o que pode levar a uma queda de preço”, explicou Chhetri.

Além disso, o índice Coinbase Bitcoin Premium, que mede a diferença entre o preço do Bitcoin na Coinbase Pro (par USD) e na Binance (par USDT), reforça essa fraqueza institucional.

De acordo com a CryptoQuant, o índice caiu de 0,007 para -0,061 entre sexta-feira e terça-feira, o menor valor desde o início de agosto. “A queda constante desse índice desde meados de setembro é um claro indicativo de que os grandes detentores de Bitcoin estão perdendo interesse. A atividade de investidores na Coinbase também vem diminuindo”, apontou Chhetri.

Bitcoin

Outro fator que pode aumentar a pressão de venda sobre o Bitcoin é o controle do governo dos Estados Unidos sobre 69.370 BTC, equivalentes a US$ 4,33 bilhões, confiscados dos fundos do Silk Road. Recentemente, a Suprema Corte dos EUA recusou-se a ouvir o caso da Battle Born Investments sobre a posse dessas criptomoedas, concedendo ao governo pleno controle dos fundos.

“Se o governo decidir vender esses Bitcoins, como fez há dois meses ao transferir 10.000 BTC para a Coinbase Prime, isso poderá gerar um sentimento de baixa entre os traders, aumentando a pressão de venda”, afirmou o analista.

Atualmente, o governo dos EUA detém um total de 203.239 BTC, avaliados em US$ 12,63 bilhões, incluindo os 69.370 recém-adquiridos. A expectativa de uma venda massiva por parte do governo pode gerar um aumento no medo, incerteza e dúvida (FUD) no mercado, contribuindo para uma maior desvalorização do Bitcoin.

Para Chhetri, o nível de US$ 62.000 é crucial para determinar a direção do preço do Bitcoin nas próximas semanas. “O Bitcoin encontrou suporte na Média Móvel Exponencial de 200 dias, em torno de US$ 60.000, e subiu 3,5% nos quatro dias seguintes, rompendo o nível de resistência de US$ 62.125”, explicou.

Contudo, após a leve queda de segunda-feira, o BTC voltou a testar esse suporte em US$ 62.125. “Se rompermos esse nível e fecharmos abaixo de US$ 62.125, o Bitcoin pode estender a queda e retestar a EMA de 200 dias em US$ 60.030”, completou.

O Índice de Força Relativa (RSI) também está próximo do nível neutro de 50, o que sugere uma falta de ímpeto entre os traders. “Se o RSI cair abaixo desse nível, isso indicará uma fraqueza na dinâmica de preço, abrindo espaço para uma nova queda do Bitcoin”, concluiu Chhetri.

No entanto, se o nível de US$ 62.125 se mantiver, a criptomoeda pode subir novamente para testar o nível psicológico de US$ 66.000.

Foto: Dall-e

Diante destas perspectivas, o preço do Bitcoin hoje, 09 de outubro é R$ 349.405,18.

O que é Bitcoin?

Bitcoin, conhecido como BTC, surgiu em 2009 como uma criptomoeda digital descentralizada, criada por um indivíduo ou grupo sob o pseudônimo de Satoshi Nakamoto. Diferente das moedas tradicionais emitidas por governos e controladas por bancos centrais, Bitcoin opera em uma rede peer-to-peer (P2P), eliminando a necessidade de intermediários financeiros.

A tecnologia que sustenta o Bitcoin é chamada de blockchain. O blockchain atua como um livro-razão digital distribuído, onde todas as transações realizadas na rede são registradas. Cada bloco na cadeia inclui um conjunto de transações, criptograficamente ligado ao bloco anterior, formando uma cadeia contínua e segura.

O processo de geração de novos Bitcoins ocorre através da mineração. Mineradores utilizam poder computacional para resolver problemas matemáticos complexos, validando transações e adicionando novos blocos à blockchain. Como recompensa, recebem novos Bitcoins, o que mantém a rede segura e íntegra.

Vantagens do Bitcoin

  • Descentralização: Nenhuma autoridade central controla o Bitcoin, distribuindo o poder entre todos os participantes da rede.
  • Segurança: A tecnologia blockchain dificulta alterações nos registros, garantindo alta proteção contra fraudes.
  • Transparência: Todas as transações ficam registradas publicamente no blockchain, permitindo auditoria e verificação por qualquer pessoa.
  • Acessibilidade: Qualquer pessoa com acesso à internet pode participar da rede Bitcoin, tornando-o uma moeda global.

O Bitcoin pode ser utilizado para comprar bens e serviços, transferir dinheiro internacionalmente e investir. Muitos comerciantes, tanto online quanto físicos, aceitam Bitcoin como forma de pagamento. Além disso, investidores o utilizam amplamente como um ativo de diversificação de portfólio e proteção contra a inflação.

O futuro do Bitcoin apresenta grande potencial, embora com incertezas. Inovações como a Lightning Network estão sendo desenvolvidas para solucionar questões de escalabilidade. Regulamentações em diversos países também estão em processo de evolução, buscando integrar o Bitcoin de forma mais segura e eficiente ao sistema financeiro global.

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Jornalista, assessor de comunicação, escritor e comunicador, com MBA em jornalismo digital e 12 anos de experiência, tendo passado também por alguns veículos no setor tech.
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