No início de agosto, o presidente russo Vladimir Putin assinou uma lei que legalizou a mineração de criptomoedas no país, abrindo o caminho para novas iniciativas envolvendo moedas digitais. Agora, a Rússia começou a testar pagamentos com criptomoedas, reforçando o crescente movimento de adoção dessas tecnologias, especialmente em países que enfrentam barreiras no sistema financeiro tradicional.
Apesar da mudança, Rússia ainda tem em vigor a legislação que proíbe o uso de criptomoedas para pagamentos domésticos.
Além da Rússia, outros países tentam se livrar da hegemonia do dólar no comércio internacional, recorrendo aos ativos digitais como opção.
Como por exemplo, a Venezuela, que vem utilizando o Tether (USDT) para vender petróleo desde o ano passado.
América Latina segue caminho semelhante na adoção de criptomoedas
Enquanto a Rússia avança com seus testes, a América Latina também tem mostrado um crescimento significativo no uso de criptomoedas.
Desde a publicação do Bitcoin Whitepaper por Satoshi Nakamoto em 2008, a região tem se destacado na adoção de moedas digitais.
El Salvador, por exemplo, foi pioneiro a adotar o Bitcoin como moeda oficial e no bloco como um todo, 95% dos criptoinvestidores acreditam que a adoção desses ativos deve continuar nos próximos anos.
De acordo com uma pesquisa recente da Binance, 95% dos usuários de criptomoedas na América Latina acreditam que esse número continuará a crescer nos próximos cinco anos.
Esse crescimento é impulsionado por uma variedade de fatores, incluindo a capacidade das criptomoedas de facilitar pagamentos e transferências de dinheiro, além de uma crescente aceitação institucional.
A Binance Pay, por exemplo, registrou um aumento de 61% no número de usuários ativos e no volume de transações na América Latina, enquanto ETFs de Bitcoin e Ether já estão sendo negociados em países como EUA, Canadá e Alemanha.
A pesquisa da Binance também revela que 86% dos usuários latino-americanos esperam que o preço das criptomoedas aumente até o final do ano.
Esse otimismo ocorre apesar da volatilidade do mercado, com as principais criptomoedas, como Bitcoin e Ethereum, apresentando ganhos sólidos em 2024.
A adoção crescente de criptomoedas, tanto por novos usuários quanto por investidores institucionais, sugere que a demanda por esses ativos continuará a crescer.
Com a Rússia avançando em sua regulamentação e a América Latina se consolidando como um dos mercados de crescimento mais rápido para criptomoedas, o cenário global está cada vez mais aberto à expansão desses ativos digitais.