Senadora pede que Banco Central dos EUA venda ouro para comprar Bitcoin

Por Michael Henrique
Imagem: Dall-e

A senadora Cynthia Lummis, uma das vozes mais conhecidas no Congresso dos Estados Unidos em favor do Bitcoin, propôs uma medida audaciosa ao Federal Reserve: a venda de parte das reservas de ouro para a aquisição de Bitcoin. A sugestão, que parece um reflexo do crescente interesse de Lummis por ativos digitais, veio em um momento em que o debate sobre criptomoedas no país se intensifica.

A senadora, conhecida por seu entusiasmo em relação ao Bitcoin, argumenta que a criptomoeda poderia proporcionar maior proteção contra inflação e crise econômica.

Bitcoin no lugar do ouro?

Para Lummis, a substituição parcial do ouro pelo Bitcoin no balanço do Federal Reserve faria sentido estratégico. Em sua visão, o Bitcoin, por suas características de escassez e segurança, poderia ser uma reserva de valor mais moderna e adaptada aos desafios econômicos atuais. No entanto, a ideia de Lummis não recebeu aprovação imediata de autoridades e especialistas. Muitos deles ainda veem o Bitcoin com cautela, citando sua volatilidade e os riscos de adoção institucional.

A senadora também argumentou que o ouro, embora tradicionalmente visto como um ativo seguro, enfrenta limitações na economia digital atual. Segundo ela, o Bitcoin representaria uma evolução desse conceito, oferecendo segurança e mobilidade em um cenário onde ativos digitais ganham cada vez mais espaço.

A proposta, embora audaciosa, não teve aprovação oficial do Federal Reserve, que até o momento mantém reservas predominantemente em ouro e títulos do Tesouro.

Desafios e oposição

A proposta de Lummis enfrenta resistência tanto no próprio Banco Central quanto no Congresso. Críticos da ideia argumentam que a volatilidade do Bitcoin ainda o torna inadequado para uma reserva de valor nacional. Outros apontam que o ativo digital, apesar de sua crescente aceitação, ainda não possui estabilidade e regulamentação suficiente para suportar o peso de um ativo de reserva.

Apesar das críticas, a senadora continua a defender a ideia de diversificar as reservas do país com Bitcoin, enfatizando a importância de os EUA acompanharem a evolução das tecnologias financeiras globais. Ela ressalta que, enquanto outros países exploram a adoção de moedas digitais e as vantagens do Bitcoin, os Estados Unidos não podem ficar para trás.

O apoio ou rejeição a essa proposta pode influenciar o papel das criptomoedas na economia norte-americana e no cenário global, reforçando o Bitcoin como um ativo relevante ou, ao contrário, como uma aposta arriscada.

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