Bluesky promete não usar dados de usuários para treinar IA generativa

Por Luciano Rodrigues
Imagem: Dall-E

O Bluesky, em uma publicação feita nessa sexta-feira (15), garantiu que não utilizará conteúdos de seus usuários para treinar ferramentas de inteligência artificial generativa.

A declaração surgiu no mesmo dia em que novos termos de serviço da X, antiga Twitter, passaram a permitir a análise de textos e outras informações de usuários para treinar modelos de IA.

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A rede social, que busca se consolidar como uma alternativa ao X e chegou a estar listado como o app mais baixado no mundo, ressaltou seu compromisso com criadores e artistas que utilizam a plataforma.

Na publicação, a rede social afirmou:

Vários artistas e criadores fizeram sua casa no Bluesky, e ouvimos suas preocupações com outras plataformas treinando em seus dados. Não usamos nenhum de seus conteúdos para treinar IA generativa e não temos intenção de fazer isso.

Bluesky enfrenta desafios com rastreamento de dados por terceiros

Apesar da promessa, a porta-voz da plataforma, Emily Liu, disse ao portal The Verge que empresas externas ainda podem acessar e raspar publicações no Bluesky, já que o arquivo *robots.txt* da rede social não bloqueia rastreadores como os do Google e da OpenAI.

O Bluesky é uma rede social aberta e pública, muito parecida com sites na própria Internet. Embora os arquivos robots.txt possam restringir o rastreamento, eles nem sempre impedem empresas externas de coletar dados. Estamos discutindo internamente maneiras de garantir que organizações respeitem o consentimento dos usuários.

O Bluesky usa IA em áreas específicas, como na moderação de conteúdo e no feed algorítmico Discover, mas garantiu que nenhum desses sistemas utiliza conteúdos gerados pelos usuários para treinamento. A empresa também destacou uma página que detalha seus termos de serviço e políticas de privacidade, reforçando a transparência.

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Nas últimas semanas, o Bluesky registrou um crescimento expressivo de usuários, alcançando 17 milhões de cadastros, segundo um rastreador de estatísticas.

A plataforma relatou aumento no volume de spam, golpes e atividades de trolling, mas está expandindo sua equipe de moderação para lidar com os desafios.

Em paralelo, concorrentes como o Threads, do Meta, também crescem rapidamente. Adam Mosseri, chefe do Threads, informou que a plataforma ultrapassou 15 milhões de novas inscrições apenas neste mês e está testando recursos personalizados para competir diretamente com o Bluesky.

No entanto, em comparação a Meta admitiu recentemente que seus modelos de IA foram treinados com conteúdos públicos postados por usuários desde 2007, uma abordagem que contrasta diretamente com a postura adotada pelo Bluesky.

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Jornalista, assessor de comunicação, escritor e comunicador, com MBA em jornalismo digital e 12 anos de experiência, tendo passado também por alguns veículos no setor tech.
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