Criança encontra pulseira de ouro da era romana enquanto passeava com cachorro

Por Cássio Gusson
Pulseira de ouro da época romana. Foto: Dall-e

Uma simples caminhada com o cachorro da família se transformou em um evento histórico para Rowan Brannan, um garoto de 12 anos do Reino Unido, que fez uma descoberta surpreendente em um campo na vila costeira de Pagham, em West Sussex. Enquanto explorava a área com sua mãe, Amanda, Rowan encontrou uma pulseira de ouro que, segundo especialistas, data do primeiro século da Grã-Bretanha romana.

A joia, descrita como “excepcional” e “relativamente rara” para a época, é uma pulseira do tipo armilla, um acessório que era comumente concedido a soldados romanos como uma forma de reconhecimento militar.

Pesquisadores do Conselho Distrital de Chichester sugerem que a peça não foi usada por uma mulher, como era comum para outras joias da era romana, mas sim por um homem, possivelmente como um prêmio por bravura durante a conquista romana da Grã-Bretanha, liderada pelo imperador Cláudio em 43 d.C.

Após a descoberta, Rowan e sua mãe encaminharam a pulseira a um oficial local vinculado ao Portable Antiquities Scheme, um projeto do Museu Britânico que cataloga achados arqueológicos feitos por cidadãos comuns no Reino Unido. Uma análise detalhada revelou que a pulseira foi confeccionada com folha de ouro e apresenta molduras em relevo, características típicas de peças de grande valor e importância na época romana.

Pulseira de ouro da era romana

O achado reforça as evidências de que a região de Pagham era habitada ou frequentada por soldados romanos durante o primeiro século. A pulseira agora amassada mede cerca de 7,1 centímetros de comprimento e, quando desdobrada, seria ainda maior. Essas pulseiras armilla eram concedidas como “dona militaria”, ou prêmios militares, por feitos de valor. Mais tarde, essas recompensas foram substituídas por pagamentos em dinheiro, mas na época da invasão romana, joias como essa eram comuns entre os honrados.

A pulseira foi declarada um “tesouro” pelo Portable Antiquities Scheme, o que significa que é uma peça arqueológica de ouro ou prata com pelo menos 300 anos de idade. Após a análise, a pulseira foi adquirida pelo Novium Museum, em Chichester, onde será exposta ao público a partir de 10 de setembro.

Adrian Moss, conselheiro e líder do Chichester District Council, destacou a importância da aquisição para o museu, afirmando que “essa peça oferece uma visão única sobre as práticas militares antigas e como os soldados romanos eram recompensados por sua bravura e serviço.” Moss também parabenizou o jovem Rowan por sua descoberta notável, ressaltando que “isso mostra que grandes descobertas podem ocorrer quando menos esperamos, mesmo durante um simples passeio com o cachorro.”

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Jornalista especializado em tecnologia, com atuação de mais de 10 anos no setor tech público e privado, tendo realizado a cobertura de diversos eventos, premiações a anúncios.
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