Em 2000, Jeff Bezos disse que Amazon era ‘notoriamente não lucrativa’

Por Luciano Rodrigues
Em 2000, Jeff Bezos disse que Amazon era 'notoriamente não lucrativa' - Imagem: Dall-E

Jeff Bezos, considerado o homem mais rico do mundo, havia revelado em uma entrevista exclusiva à BBC Newsnight em 2000, que a Amazon era como uma “empresa notoriamente não lucrativa”.

Vinte e quatro anos depois, essa mesma empresa se tornou uma das poucas avaliadas em mais de US$ 2 trilhões.

Este marco impressionante não veio sem desafios. Na virada do milênio, a Amazon enfrentava o estouro da bolha das pontocom, com suas ações caindo de US$ 113 para US$ 52 em apenas seis meses de 2000.

Em 8 de junho de 2000, Jeff Bezos, então com 36 anos, sentou-se com Jeremy Vine da BBC, enfrentando perguntas difíceis sobre o futuro da Amazon.

Apesar de ter registrado US$ 1,6 bilhão em vendas em 1999, a empresa também acumulou perdas líquidas de US$ 720 milhões.

A volatilidade das ações e as críticas sobre suas práticas fiscais e trabalhistas eram constantes.

No entanto, Bezos manteve-se imperturbável, defendendo a estratégia de investimento pesado e expansão, mesmo diante de perdas significativas.

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Bezos transformação a Amazon em uma das maiores empresas do mundo

Fundada em 1994 em uma garagem em Bellevue, Washington, a Amazon começou como uma livraria online.

Sua rápida ascensão a líder no comércio eletrônico foi impulsionada por uma visão clara de oferecer uma vasta seleção de produtos pelo menor custo possível.

Quatro anos após seu lançamento, a Amazon já era a maior plataforma de vendas online, expandindo seu catálogo para incluir eletrônicos, brinquedos e eletrodomésticos.

Em 1999, Bezos foi nomeado Personalidade do Ano pela revista Time, consolidando sua posição como um visionário do comércio cibernético.

Ao longo dos anos, a Amazon diversificou suas operações, entrando em setores como streaming de vídeo, inteligência artificial e até mesmo a indústria alimentícia com a aquisição do Whole Foods.

Em 2005, a empresa lançou o Amazon Prime, um serviço de assinatura que continua a crescer, projetado para alcançar 180 milhões de usuários em 2024.

Além disso, a Amazon Web Services (AWS) tornou-se um pilar essencial para a infraestrutura de internet global, contribuindo significativamente para os lucros da empresa.

Apesar de seus incríveis avanços, a Amazon enfrentou obstáculos significativos.

Em 2022, a empresa foi a primeira de capital aberto a perder US$ 1 trilhão em valor de mercado.

Greves em depósitos, críticas sobre condições de trabalho e resistência à sindicalização nos EUA e no Reino Unido mancharam sua reputação.

Mesmo assim, a Amazon manteve sua trajetória ascendente sob a liderança de Andy Jassy, que assumiu o cargo de CEO em 2021, quando Bezos decidiu focar em projetos pessoais, como a Blue Origin e iniciativas filantrópicas.

Hoje, a Amazon é um gigante do comércio eletrônico e da tecnologia, influenciando diversas áreas da economia global.

De uma livraria online em dificuldades, transformou-se em um império de US$ 2 trilhões, moldando o futuro do varejo e da tecnologia.

A visão de Bezos e a capacidade de adaptação da empresa foram cruciais para essa jornada extraordinária, mostrando que, mesmo nas adversidades, a inovação e a perseverança podem transformar desafios em triunfos.

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Jornalista, assessor de comunicação, escritor e comunicador, com MBA em jornalismo digital e 12 anos de experiência, tendo passado também por alguns veículos no setor tech.
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