Menos de um ano após a trágica perda do submersível Titan, a OceanGate, empresa sediada em Everett, Washington, está planejando uma nova expedição aos destroços do Titanic. Desta vez, a empresa pretende usar um tipo diferente de navio, com o apoio de um bilionário investidor imobiliário, segundo informações do The Wall Street Journal.
De acordo com o cofundador e CEO da Triton Submarines, Patrick Lahey, a nova viagem foi concebida para “demonstrar ao mundo” que sua empresa é capaz de realizar mergulhos de 12.500 pés de profundidade com segurança e de forma repetida. Lahey destacou que o submarino Titan da OceanGate era uma “engenhoca” e não representava os padrões da indústria.
A Triton Submarines, com sede na Flórida, planeja realizar a expedição com a participação de Larry Connor, um bilionário aventureiro e empresário de tecnologia de Ohio. Connor, 74, tem um histórico impressionante de explorações, incluindo três mergulhos submersíveis com Lahey na Fossa das Marianas, onde desceram a profundidades superiores a 35.000 pés.
Para garantir a segurança, a Triton pretende certificar seu submersível, o Abyssal Explorer, para as profundezas do Titanic por autoridades externas. Este é um passo que a OceanGate não seguiu com o Titan, argumentando que o processo de classificação era muito complicado e um obstáculo para a inovação rápida.
Essa postura foi criticada por membros da indústria submersível, incluindo Lahey, que agora busca reparar a reputação do setor com práticas mais rigorosas de segurança.
Submarino para ver o Titanic
A tragédia do Titan ainda está sob investigação, liderada pela Guarda Costeira dos EUA, em parceria com o Conselho Nacional de Segurança nos Transportes e agências reguladoras do Canadá e da França. Espera-se que os investigadores revelem as causas da implosão do submarino durante uma audiência pública que poderá ocorrer ainda este ano.
Após o incidente, a OceanGate suspendeu suas operações comerciais e exploratórias. Gordon Gardiner, empresário de tecnologia de Seattle, foi nomeado CEO em agosto passado para guiar a empresa através das investigações e do encerramento das operações.
Larry Connor expressou seu desejo de mostrar ao mundo que o oceano, apesar de seus perigos, pode ser uma fonte de maravilha e transformação quando explorado corretamente.
“Quero mostrar às pessoas em todo o mundo que, embora o oceano seja extremamente poderoso, ele pode ser maravilhoso e agradável e realmente mudar vidas se você fizer isso da maneira certa”, disse Connor ao The Wall Street Journal.