Réplica 3D do Titanic revela novos detalhes sobre o naufrágio

Por Luciano Rodrigues

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    • Varredura 3D do Titanic usou mais de 700 mil imagens do navio.
    • Simulação indica perfurações do tamanho de uma folha A4.
    • Caldeiras ativas explicam luzes acesas até o fim.

Mais de 110 anos após o trágico naufrágio do Titanic, uma digitalização 3D em tamanho real está revelando detalhes inéditos sobre o desastre que matou 1.500 pessoas. A réplica virtual, construída a partir de mais de 700 mil imagens captadas por robôs subaquáticos, mostra com clareza como o navio se partiu em dois e o que aconteceu nas últimas horas da embarcação.

A análise foi feita para o documentário Titanic: The Digital Resurrection, da National Geographic em parceria com a Atlantic Productions e as informações são da BBC. A princípio, um dos achados mais relevantes está na sala de caldeiras da proa. Ela que confirma relatos de testemunhas sobre os engenheiros que mantiveram as luzes acesas até o fim. As caldeiras aparecem côncavas, indicando operação até o momento do impacto com a água, e uma válvula descoberta na popa ainda estava aberta, liberando vapor.

Eles mantiveram o caos sob controle o máximo de tempo possível. Tudo isso foi simbolizado por esta válvula de vapor aberta ali na popa. – Parks Stephenson, analista do Titanic.

Simulação computacional detalha impacto do iceberg no Titanic

Além da varredura visual, cientistas do University College London usaram modelagem computacional avançada para simular o impacto do navio com o iceberg. De acordo com a simulação, pequenos furos do tamanho de folhas A4 se espalharam por seis compartimentos estanques, ultrapassando o limite de segurança do navio.

Segundo Simon Benson, da Universidade de Newcastle, a diferença entre o naufrágio e o não naufrágio do Titanic se deve às finas margens de furos do tamanho de um pedaço de papel. Assim, o casco perfurado lentamente permitiu a entrada de água até que os compartimentos fossem preenchidos.

Além disso, a varredura ainda revelou a impressionante preservação da proa, que permanece ereta no fundo do mar. Por outro lado, a popa está completamente retorcida pela força do impacto com o solo oceânico. Objetos pessoais continuam espalhados pelos destroços, preservando o drama humano da tragédia. Lembrando que a embarcação está em uma região de difícil acesso.

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Levará anos para analisar todos os detalhes da digitalização, mas os primeiros achados já oferecem novas pistas sobre uma das maiores tragédias marítimas da história. Parks Stephenson resume:

Ela só nos conta suas histórias aos poucos. Toda vez ela nos deixa querendo mais.

O documentário estreia nesta quinta-feira (11).

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Jornalista, assessor de comunicação, escritor e comunicador, com MBA em jornalismo digital e 12 anos de experiência, tendo passado também por alguns veículos no setor tech.
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