Shein, Temu e outros e-commerces podem colapsar transporte aéreo global

Por Luciano Rodrigues
Shein, Temu e outros e-commerces podem colapsar transporte aéreo global - Imagem: Dall-E

O crescimento exponencial das vendas dos e-commerces chineses de baixo custo, como Shein e Temu, está impactando significativamente o setor de transporte aéreo.

A demanda por frete aumentou consideravelmente, impulsionada pela necessidade de enviar um grande volume de mercadorias da China para consumidores em todo o mundo.

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Nos primeiros meses de 2024, a demanda global por transporte aéreo registrou um aumento de 12,7% em relação ao mesmo período de 2023.

Tradicionalmente, as principais mercadorias enviadas por via aérea da China incluíam produtos pequenos e de alto valor, como smartphones e laptops, além de itens perecíveis, como peixes e flores. No entanto, com o aumento das compras em sites de e-commerce, as aeronaves agora transportam mais roupas e artigos domésticos.

Blusinha da Shein pode demorar mais para chegar

Hoje, Shein e Temu despacham um total de 9 mil toneladas diárias de aeroportos em todo o sul da China, nove vezes mais que a Apple que, em comparação, transporta cerca de 1 mil toneladas diariamente.

Esse crescimento significativo na quantidade de mercadorias transportadas tem levado a um aumento nos custos de frete aéreo. Desde 2019, o preço por quilograma de remessas aéreas na rota China-EUA dobrou, enquanto a rota China-Europa registrou um aumento, de 50% apenas neste ano.

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Essa elevação nos custos está diretamente relacionada ao aumento da demanda e à pressão sobre as capacidades logísticas.

Com mais consumidores comprando produtos de e-commerces chineses, as empresas de logística estão enfrentando desafios para acomodar todas as encomendas, o que gera preocupações sobre um possível overbooking de encomendas e falta de espaço nos aviões, especialmente durante a alta temporada de compras no final do ano.

A alta demanda por transporte aéreo também levanta questões sobre a eficiência e a capacidade das cadeias de suprimentos globais para atender a esse crescimento contínuo.

Com a temporada de compras de fim de ano se aproximando, especialistas temem que as compras natalinas possam sofrer atrasos devido ao volume elevado de encomendas e limitações logísticas.

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Essa situação pode exigir que consumidores planejem suas compras com mais antecedência para evitar frustrações com prazos de entrega.

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Jornalista, assessor de comunicação, escritor e comunicador, com MBA em jornalismo digital e 12 anos de experiência, tendo passado também por alguns veículos no setor tech.
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