Superdotada: Brasileira de 13 anos passa em 1º lugar em concurso público e toca mais de 10 instrumentos

Por Cássio Gusson

A jovem acreana Ana Joyce do Carmo Gomes, de apenas 13 anos, tem se destacado de maneira impressionante tanto no campo acadêmico quanto no musical. Filha de Vânia do Carmo Nery, odontóloga, e do coronel James Gomes, do Corpo de Bombeiros Militar do Acre, Ana Joyce é considerada uma pessoa superdotada ou portadora de altas habilidades.

Este ano, Ana Joyce conquistou o primeiro lugar em um concurso público da Prefeitura de Porto Acre, errando apenas duas questões. Além disso, ela também passou no vestibular para Música na Universidade Federal do Amazonas (UFAM), um feito notável para alguém de sua idade.

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Atualmente, Ana Joyce cursa a 8ª série no Colégio Militar Estadual Tiradentes e é aluna do Núcleo de Atividades de Altas Habilidades (NAAHAs) do Acre. Ela também participa do projeto de extensão Ensino Coletivo de Cordas da Universidade Federal do Acre (UFAC), onde toca violino.

Ana Joyce é uma verdadeira prodígio musical, tocando mais de 10 instrumentos, incluindo violão, piano e saxofone. Sua paixão e dedicação à música são evidentes, tendo se formado no módulo básico de Inglês no Centro de Estudo de Línguas (CEL) e cursando atualmente o nível K de Matemática no Kumon, onde já concluiu os cursos de Inglês e Português.

Em 2022, Ana Joyce foi selecionada para representar o Acre em um concerto no Teatro Amazonas, em Manaus, onde emocionou o público ao tocar saxofone na execução da música “We Are the Champions” da banda Queen.

Menina superdotada

Apesar de seu sucesso precoce na música, Ana Joyce tem ambições além do mundo artístico.

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“Eu quero estudar medicina para abrir novos horizontes e perceber como o simples ato de respirar é complexo. Desejo descobrir remédios para doenças que até hoje não foram descobertos e, do fundo do meu coração, me tornar uma médica renomada,” revelou Ana Joyce.

Vânia Nery, mãe de Ana Joyce, explica que a participação da filha no concurso e no vestibular foi uma forma de treinar redação, sem a intenção de realmente cursar os estudos ainda, já que Ana deseja seguir carreira em medicina.

“Para cursar tem processo judicial para alunos com altas habilidades, mas não temos interesse porque ela quer fazer medicina,” disse Vânia.

Ana Joyce, assim como outras crianças superdotadas, necessita de um acompanhamento específico durante a idade escolar. A mãe de Ana destacou a importância de oferecer oportunidades para crianças com altas habilidades, lamentando o despreparo do sistema educacional para atender adequadamente esse público.

Segundo o Conselho Brasileiro de Superdotação (ConBraSD), cerca de 8 milhões de brasileiros possuem altas habilidades, representando aproximadamente 5% da população.

No entanto, o diagnóstico e o atendimento educacional especializado ainda são deficientes no país, resultando em um estereótipo de que não há muitos superdotados no Brasil. Muitas dessas crianças vêm de famílias humildes que não possuem recursos para uma educação diferenciada, ressaltando a necessidade de ações inclusivas mais eficazes por parte do Ministério da Educação (MEC) e dos governos estaduais e municipais.

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Jornalista especializado em tecnologia, com atuação de mais de 10 anos no setor tech público e privado, tendo realizado a cobertura de diversos eventos, premiações a anúncios.
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