Movimento global busca limitar o uso de smartphones por crianças

Por Luciano Rodrigues
Movimento global busca limitar o uso de smartphones por crianças - Imagem: Dall-E

Cada vez mais pais ao redor do mundo querem acabar com a ideia de que a forma mais fácil de entreter uma criança é com a tela de um smartphone.

Um movimento criado em fevereiro chegou a diversos países — incluindo o Brasil — e já alcançou quase 100 mil membros. O objetivo final é impedir que crianças tenham acesso a celulares modernos até completarem 13 anos, além de acabar com o uso de smartphones nas escolas.

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Os pais que aderiram a esse movimento baseiam-se em estudos que sugerem que jovens que ganham dispositivos móveis mais tarde têm menos problemas de saúde mental na adolescência e na vida adulta.

Eles acreditam que limitar o acesso precoce a smartphones pode promover um desenvolvimento mais saudável e equilibrado para as crianças, evitando potenciais impactos negativos no bem-estar psicológico.

No entanto, a tarefa não é simples. Querendo ou não, o uso de celulares pelas crianças já se popularizou ao redor do mundo e estatísticas apontam que, em média, mais de um quarto das crianças de 4 a 6 anos possuem um smartphone.

No Brasil, o cenário é ainda mais intenso: o país lidera o ranking global de uso de celular entre os jovens, com 95% dos pré-adolescentes e adolescentes utilizando dispositivos móveis desde cedo, o que é 19% acima da média global.

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Debate entre especialistas sobre o uso do smartphone

Há uma corrente de especialistas que compara o “medo de smartphones” ao temor sentido com novas tecnologias no passado, como televisão e videogames.

Segundo esse argumento, assim como essas tecnologias foram eventualmente aceitas e integradas à vida cotidiana, o mesmo acontecerá com os smartphones, e que o foco deve ser em uma utilização equilibrada e saudável, em vez de uma proibição total.

Enquanto o debate continua, o movimento de limitar o uso de smartphones por crianças ganha força, impulsionado pelo desejo de muitos pais de protegerem seus filhos dos potenciais riscos associados ao uso excessivo de tecnologia.

A iniciativa destaca a importância de um diálogo contínuo sobre os efeitos das novas tecnologias no desenvolvimento infantil e na saúde mental e também tem amparo no potencial já comprovado de do vício que as redes sociais podem provocar.

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Jornalista, assessor de comunicação, escritor e comunicador, com MBA em jornalismo digital e 12 anos de experiência, tendo passado também por alguns veículos no setor tech.
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