iPhones reiniciam automaticamente depois de 4 dias sem uso, em novo recurso de segurança no iOS 18

Por Luciano Rodrigues
Imagem: Dall-E

A Apple introduziu um recurso de segurança no iOS 18 que reinicia automaticamente iPhones que permanecem bloqueados por mais de quatro dias, dificultando o trabalho de policiais e especialistas forenses na tentativa de acessar dados de dispositivos de suspeitos.

Segundo a 404 Media, esse comportamento de “reinicialização por inatividade” foi notado pela primeira vez com o iOS 18.1 e provoca uma reinicialização dos dispositivos que entra em um estado de segurança chamado “Antes do Primeiro Desbloqueio” (BFU).

Nesse estado, os iPhones exigem a senha do usuário para serem desbloqueados, limitando a quantidade de dados que ferramentas forenses podem extrair.

Chris Wade, fundador da Corellium, empresa de análise móvel, confirmou a existência do novo código de reinicialização automática no iOS 18, destacando a funcionalidade que aciona o BFU após quatro dias de inatividade.

Capturas de tela da pesquisadora Dra. Jiska Classen, do Instituto Hasso Plattner, mostram o código “reinicialização por inatividade” como parte das recentes mudanças no sistema operacional da Apple, reforçando ainda mais o compromisso da empresa com a privacidade do usuário.

A decisão da Apple de implementar a reinicialização automática adiciona mais uma camada de segurança aos dispositivos iOS, que entram automaticamente em BFU ao reiniciar, restringindo o acesso a dados sem a senha ou PIN.

Esse estado BFU, comum também em dispositivos Android, tem o objetivo de proteger informações privadas dos usuários, exigindo autenticação completa para liberar o acesso aos dados armazenados.

No entanto, o novo comportamento dificulta o trabalho das forças de segurança, que frequentemente tentam extrair dados de iPhones confiscados em investigações.

Ao longo dos anos, a Apple tem reforçado a segurança de seus dispositivos, resistindo a pressões governamentais e pedidos de backdoors que permitiriam à aplicação da lei acessar dados de suspeitos.

A empresa argumenta que backdoors na criptografia dos iPhones colocariam a privacidade dos usuários em risco e comprometeriam a segurança dos dispositivos.

Mesmo com essa resistência, autoridades têm buscado alternativas para acessar dados em dispositivos Apple, que incluem técnicas próprias para contornar as proteções.

Apple agora também vende peças de reposição para iPhones 16

Além de reforçar a segurança, a Apple também expande suas iniciativas em reparo por autoatendimento, oferecendo agora peças para o iPhone 16 e 16 Pro em sua loja de reparos self-service.

Os clientes podem adquirir substituições de câmeras, displays e vidro traseiro, com preços variando a partir de R$ 970 (US$ 169), dependendo do modelo.

A Apple também oferece aluguel de kits de reparo especializado por pouco mais de R$ 281 (US$ 49), incentivando reparos DIY e facilitando o acesso a componentes originais.

Com o avanço das opções de reparo e o foco contínuo na segurança, a Apple reafirma sua postura de controle sobre o ecossistema do iPhone, tanto em termos de proteção de dados quanto de reparabilidade, estabelecendo um padrão de segurança e privacidade que é referência no setor.

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Jornalista, assessor de comunicação, escritor e comunicador, com MBA em jornalismo digital e 12 anos de experiência, tendo passado também por alguns veículos no setor tech.
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