LinkedIn: 10 milhões de pessoas se inscreveram como freelancers em seu marketplace

Por Cássio Gusson
Imagem: Dall-e

O LinkedIn alcançou uma nova marca importante com seu marketplace para freelancers. Desde o lançamento do Services Marketplace em 2021, a plataforma conseguiu atrair 10 milhões de pessoas que se registraram como freelancers, um aumento de 48% em apenas um ano.

Esse crescimento é uma resposta direta à crescente demanda por trabalho flexível, especialmente após as mudanças no mercado de trabalho durante e após a pandemia da COVID-19.

Com mais de 100.000 demissões na indústria de tecnologia em 2024, muitos profissionais optaram por seguir o caminho do freelance, e o LinkedIn rapidamente se posicionou como uma plataforma atraente para esse público.

Mesmo com outros marketplaces freelancers enfrentando dificuldades, como o Fiverr e o Upwork, o LinkedIn continua a expandir sua base de usuários freelancers, oferecendo uma plataforma integrada ao seu vasto ecossistema profissional.

No entanto, apesar desse crescimento significativo, o LinkedIn ainda enfrenta desafios em termos de engajamento e transações. Embora o número de solicitações de serviço tenha aumentado 65% no último ano, atingindo uma média de oito solicitações por minuto, a empresa não revelou dados sobre quantos desses serviços resultaram em contratos reais ou quanto os freelancers estão cobrando pelos serviços prestados.

LinkedIn

Essa falta de transparência pode gerar dúvidas sobre o sucesso comercial real do Services Marketplace do LinkedIn, especialmente quando comparado a concorrentes como Fiverr e Upwork, que focam mais em números de compradores e transações concretas.

Atualmente, o LinkedIn tem pouco mais de 1 bilhão de usuários registrados, o que significa que apenas cerca de 1% de sua base de usuários se inscreveu no marketplace de freelancers.

O LinkedIn lançou o Services Marketplace com a intenção de criar um novo modelo de trabalho, atendendo a uma demanda crescente por serviços sob demanda e oportunidades de trabalho flexíveis.

Inicialmente, essa estratégia se alinhava com a tendência global de freelancers e trabalhadores do conhecimento, que buscavam mais liberdade e autonomia após o impacto da pandemia. No entanto, em 2024, o cenário mudou, com plataformas freelancers recalibrando seus modelos de negócios e enfrentando uma queda na demanda.

Ainda assim, o LinkedIn permanece otimista sobre o futuro do freelancing em sua plataforma. A empresa acredita que, eventualmente, poderá implementar modelos de preços mais formais e fornecer mais ferramentas para seus freelancers, além de promover o engajamento.

Um dos fatores que contribuem para o crescimento da plataforma é a possibilidade de aumentar a exposição dos perfis de freelancers por meio de assinaturas premium, como o Premium Business, que registrou um crescimento de 51% no último ano fiscal.

O crescimento das assinaturas premium resultou em uma receita de US$ 1,7 bilhão para o LinkedIn, embora isso ainda represente uma fração de seus ganhos totais, que superaram os US$ 16 bilhões no último ano fiscal. Esse dado mostra que o LinkedIn está de olho no potencial de longo prazo do mercado freelancer, ao mesmo tempo em que continua a fortalecer outras áreas de receita.

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Jornalista especializado em tecnologia, com atuação de mais de 10 anos no setor tech público e privado, tendo realizado a cobertura de diversos eventos, premiações a anúncios.
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