Brasileiros dizem não para Bitcoin, ETFs, fundos, CDB, ouro e ativos digitais e aumentam investimento na Poupança

Por Cássio Gusson
Brasileiros preferem investir na poupança. Foto: Dall-e

Apesar do aumento das fintechs, bancos digitais e outras plataformas que, consigo, trazem opções de investimentos simples, como produtos de Renda Fixa, como CDB, os brasileiros não ‘ligaram’ muito para estas novidades e continuam preferindo investir na Poupança.

Nem mesmo investimentos mais arriscados (e, por vezes mais rentáveis) como Bitcoin, criptomoedas, fundos, ações, ETFs, ativos digitais e outros conseguiu atrair o dinheiro que os brasileiros depositam na poupança.

De acordo com um relatório recente divulgado pelo Banco Central (BC), os brasileiros depositaram um total de R$ 362,5 bilhões em suas contas de poupança, enquanto os saques totalizaram R$ 354,27 bilhões.

Esses números resultaram em um saldo positivo de R$ 5,342 bilhões no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). Além disso, a poupança rural registrou depósitos líquidos de R$ 2,886 bilhões.

“Em um cenário econômico instável, ter uma reserva financeira é essencial para garantir estabilidade e tranquilidade. Portanto, começar a poupar hoje pode fazer uma grande diferença no seu futuro financeiro”, aponta André Minucci

Selic em alta estimula Poupança

E, se depender da taxa de juros no Brasil, a tendência é que os investidores continuem aportando valores na Poupança já que o colegiado do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) optou por manter a taxa básica de juros – a Selic, no patamar atual de 10,5% ao ano e ela deve permanecer assim até o final de 2024, conforme projeção do mercado financeiro registrada pelo Boletim Focus.

Nesse patamar, a Selic fortalece a renda fixa em detrimento da renda variável, favorece o rentismo, mas abala o setor imobiliário.

O CEO da Swiss Capital Invest, Alex Andrade, explica que para o investidor, a Selic alta beneficia os investimentos em renda fixa, proporcionando maior rentabilidade, já que esses oferecem remuneração baseada em juros. “Exemplos incluem títulos públicos do governo federal, CDBs, letras de crédito e debêntures”, diz.

Alex Andrade acrescenta que o Brasil enfrenta uma crise econômica com um déficit recorde nas contas públicas, colocando em dúvida a eficácia das estratégias adotadas pelo governo na gestão fiscal e econômica.

“Os gastos exorbitantes do governo não têm se traduzido em investimentos produtivos ou melhorias significativas na vida dos brasileiros. A falta de clareza na política econômica sobre onde e como os recursos estão sendo aplicados contribui para o crescente descontentamento público, levantando sérias dúvidas sobre se haverá alguma melhora até o final de 2024”, frisa.

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Jornalista especializado em tecnologia, com atuação de mais de 10 anos no setor tech público e privado, tendo realizado a cobertura de diversos eventos, premiações a anúncios.
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