Cresce o uso de Inteligência artificial no mercado financeiro do Brasil

Por Cássio Gusson
Inteligência artificial no mercado financeiro. Foto: Dall-e

Durante o Febraban Tech, a BRQ Digital Solutions, apresentou novas funcionalidades de inteligência artificial generativa com foco no mercado financeiro. Para conhecer como estas novidades podem impactar a vida do cliente no cotidiano, o Tech2.news conversou com Silvio Andrade, diretor de estratégia da BRQ. Confira

Tech2.news: Como a BRK vê o cenário atual de inteligência artificial?

Silvio Andrade: A BRK tem duas missões principais aqui. A inteligência artificial (IA) está transformando todos os setores, inclusive o dos comerciantes e o call center. Nossa principal missão hoje é integrar essa tecnologia aos nossos produtos e serviços, ajudando grandes bancos, empresas do agronegócio e outros setores em suas produções tecnológicas.

Além disso, estamos acelerando nossa oferta de serviços utilizando IA, atuando como pioneiros nesse campo. Buscamos evitar erros e criar uma jornada de adoção bem-sucedida e organizada para nossos clientes.

T2: Como vocês estão utilizando a inteligência artificial para oferecer novos serviços?

SA: Estamos utilizando IA em várias especialidades. Por exemplo, no CRM, pensamos na IA generativa aplicada ao atendimento ao cliente. Estamos analisando como a IA pode melhorar a experiência do usuário em diferentes áreas, desde o autoatendimento até a energia generativa. Nossa relação com dispositivos móveis também está evoluindo rapidamente, permitindo novas formas de interação com smartphones nos próximos anos.

T2: Quais setores têm maior demanda por IA?

SA: Vemos empresas em três estágios diferentes. Algumas, como telecomunicações e bancos, estão avançadas no uso da IA e buscam escalabilidade em suas operações. Outras estão no pós-experimento, querendo governar e escalar seus projetos de IA.

E temos aquelas que estão começando a criar seus primeiros casos de sucesso para entender melhor onde aplicar a tecnologia. Para esses casos, oferecemos soluções como o Joie Eye e arquiteturas de referência que auxiliam no crescimento e manutenção das implementações de IA.

T2: Você acredita que a adoção de IA é uma tendência irreversível?

SA: Sim, sem dúvida. A IA não se limita ao sistema financeiro, mas se estende a outros setores como o comércio e a agricultura. Por exemplo, no agronegócio, a IA pode ajudar a interpretar dados complexos sobre doenças e defensivos agrícolas, facilitando a vida dos produtores. No varejo, a IA pode otimizar processos e melhorar a análise de dados, embora os custos ainda sejam um desafio.

Inteligência artificial

T2: Como o setor público está buscando aplicar inteligência artificial em seus serviços?

SA: O setor público está experimentando bastante com IA, especialmente em conselhos de formação de profissionais como médicos e enfermeiros. Eles estão criando conhecimento interno para eventualmente implementar a tecnologia em larga escala. O processo de experimentação é crucial para entender como a IA pode melhorar os serviços públicos e facilitar a vida dos cidadãos.

T2: Quanto tempo levará para que a IA impacte diretamente a vida da população em geral?

SA: A tecnologia de IA evolui rapidamente. Estimamos que em cerca de três anos, a maioria dos serviços será atendida por inteligências artificiais, proporcionando um atendimento mais personalizado e eficiente. No entanto, ainda há desafios de custo e infraestrutura a serem superados.

T2: Quanto tempo você acha que levará para a IA começar a aprender individualidades dos usuários?

SA: Esse é um processo contínuo. A personalização da IA para cada empresa exigirá a colaboração com especialistas regionais e grupos minoritários para garantir representatividade. Embora seja um esforço conjunto inicial, uma vez estabelecido, a interação contínua com os usuários permitirá a atualização constante dos dados e a melhoria da personalização.

A construção de uma IA generativa que atenda às necessidades das pessoas de maneira adequada é um processo colaborativo que envolverá diversas capacidades além da técnica e da comunicação. Será necessário um esforço conjunto para criar uma base de dados representativa e de qualidade. Depois de estabelecido, a própria IA se atualizará com o uso contínuo, garantindo uma evolução constante na prestação de serviços.

 

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Jornalista especializado em tecnologia, com atuação de mais de 10 anos no setor tech público e privado, tendo realizado a cobertura de diversos eventos, premiações a anúncios.
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