Preço do Ouro (XAU) hoje 17/09/2024: preço do Ouro atinge nova máxima histórica e deve continuar em alta

Por Cássio Gusson
Preço do ouro mostra sinais de recuperação. Foto: Dall-e

O ouro, um dos ativos mais tradicionais e seguros do mercado financeiro, atingiu um patamar recorde chegando a US$ 2.589 a onça. Segundo o analista Joaquin Monfort, a expectativa de um corte duplo na taxa de juros por parte do Federal Reserve (Fed) é o principal fator impulsionando o metal precioso.

“O mercado está apostando fortemente em uma redução de 0,50% nas taxas de juros, o que torna o ouro mais atraente”, afirmou Monfort.

De acordo com o analista, o corte de juros é positivo para o ouro porque reduz o custo de oportunidade de manter o metal, um ativo que não paga juros, tornando-o uma escolha mais viável para os investidores.

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“Quanto menores os juros, maior o apelo do ouro, especialmente em um cenário onde os rendimentos de ativos de risco se tornam menos atrativos”, explicou Monfort.

Impacto dos dados econômicos dos EUA

Nesta terça-feira (17), o preço do ouro se estabilizou em torno de US$ 2.580, à espera de dados econômicos dos Estados Unidos que podem influenciar a decisão do Fed. Às 12h30 GMT, o Departamento de Comércio dos EUA deve divulgar os números das vendas no varejo, que podem ser um indicativo importante da saúde econômica do país. Monfort explicou que o desempenho desse indicador pode determinar se o Fed vai realmente optar por um corte tão agressivo nas taxas de juros.

“Se as vendas no varejo superarem a expectativa de 0,2%, isso sugerirá que a economia americana está se mantendo melhor do que o esperado, o que pode reduzir a necessidade de um corte de 0,50% nas taxas de juros, o que seria negativo para o ouro”, afirmou o analista.

Por outro lado, se os números ficarem abaixo das expectativas, isso aumentaria a especulação sobre um corte mais agressivo, potencialmente elevando o preço do ouro para novos recordes.

Ouro em ciclo de alta de longo prazo

Além do cenário de curto prazo, Monfort destacou que o ouro pode estar entrando em um ciclo de alta prolongado, conhecido como “superciclo”, acompanhado por outras commodities.

“Há sinais claros de que o ouro e outras commodities estão entrando em uma nova fase de alta. Isso pode ser impulsionado por fatores como déficits, desglobalização e políticas voltadas para a redução das emissões de carbono, que são inflacionárias”, destacou Monfort, referindo-se a análises recentes que corroboram essa visão.

Análise técnica: tendências positivas para o ouro

No campo da análise técnica, Monfort acredita que o ouro continuará sua tendência de alta tanto no curto quanto no longo prazo. Ele aponta que o metal precioso pode enfrentar uma correção, mas espera que seja breve antes de retomar seu movimento ascendente.

“O ouro ainda não está sobrecomprado, de acordo com o Índice de Força Relativa (RSI), o que significa que há espaço para mais ganhos”, comentou.

Em caso de uma correção mais acentuada, Monfort identifica níveis de suporte firmes em US$ 2.550, US$ 2.544 e US$ 2.530. “Esses níveis podem oferecer uma base sólida para o ouro se recuperar e continuar sua trajetória de alta”, completou o analista.

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Ouro atinge nova máxima histórica. Foto: FxStreet
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Jornalista especializado em tecnologia, com atuação de mais de 10 anos no setor tech público e privado, tendo realizado a cobertura de diversos eventos, premiações a anúncios.
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