Preço do Ouro (XAU) hoje 30/08/2024: preço do Ouro continua movimento de alta e chega a US$ 2.520

Por Cássio Gusson
Preço do ouro em leve queda mas animando investidores. Foto: Dall-e

À medida que os traders aguardam a divulgação dos dados de inflação dos Estados Unidos, o ouro (XAU/USD) tem se mantido estável, oscilando na faixa dos US$ 2.520 nesta sexta-feira.

De acordo com o analista Joaquin Monfort c, o comportamento do ouro reflete a expectativa do mercado em relação ao Índice de Despesas de Consumo Pessoal (PCE), indicador preferido do Federal Reserve para medir a inflação.

Segundo Monfort, o ouro tem encontrado resistência abaixo do nível chave de US$ 2.531, que representa o recorde histórico alcançado em agosto. Isso ocorre após a divulgação de dados econômicos nos Estados Unidos na quinta-feira, que mostraram uma revisão para cima do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) anualizado do segundo trimestre, de 2,8% para 3,0%.

Além disso, a leve queda nos pedidos iniciais de seguro-desemprego, abaixo das expectativas, dissipou temores de uma recessão iminente na economia americana.

“Esses dados sugerem que o Federal Reserve provavelmente adotará uma abordagem mais gradual na redução das taxas de juros,” afirmou Monfort. “A expectativa de uma queda nas taxas de juros é positiva para o ouro, pois reduz o custo de oportunidade de se manter um ativo que não paga juros, tornando-o mais atraente para os investidores.”

Monfort também destacou a influência da China no mercado de ouro, mencionando que o metal recebeu suporte após a divulgação de dados do Conselho Mundial do Ouro (WGC), que mostrou um aumento de 17% nas importações líquidas de ouro pela China em julho, o primeiro aumento desde março.

Outro ponto é que os fundos norte-americanos notaram um modesto aumento nas entradas líquidas de 8 toneladas métricas (equivalente a US$ 403 milhões) na última semana, de acordo com o WGC.

“A perspectiva de longo prazo para a demanda chinesa é positiva,” observou Monfort. “Um desaceleramento na economia tornará o ouro um ativo de refúgio mais atraente para os investidores, e o Banco Popular da China (PBoC), já um grande comprador, provavelmente aumentará suas reservas de ouro, que permanecem relativamente baixas em comparação com outros países.”

Análise preço do ouro

Monfort também destacou os esforços do BRICS para reduzir a dependência do dólar americano, com o ouro sendo o substituto mais provável, como um fator que deve aumentar a demanda a longo prazo. No entanto, ele advertiu que a demanda da China pode não aumentar significativamente no curto prazo.

“Uma combinação de fatores cíclicos aponta para uma demanda mais fraca por ouro na China no curto prazo,” alertou Monfort. “Preços mais altos já estão pesando sobre a demanda por joias, e estímulos fiscais devem proporcionar um impulso necessário à economia, enquanto esperamos uma recuperação do desempenho do mercado de ações, dado que as ações locais parecem subvalorizadas.”

Do ponto de vista técnico, Monfort descreveu o atual movimento do ouro como parte de uma “mini-faixa” acima de sua faixa anterior, com a tendência de curto prazo provavelmente sendo caracterizada como “lateral”. No entanto, ele ressaltou que a tendência de médio e longo prazo permanece altista, o que aumenta as chances de uma eventual quebra para cima.

“O rompimento da faixa anterior, ocorrido em 14 de agosto, gerou um alvo de alta em torno de US$ 2.550, com base nos princípios da análise técnica,” explicou Monfort. “Uma quebra acima do recorde de US$ 2.531 confirmaria a continuação da alta em direção ao alvo de US$ 2.550.”

Por outro lado, Monfort alertou que uma quebra de volta para dentro da faixa anterior, confirmada com um fechamento diário abaixo de US$ 2.470, mudaria o cenário para o ouro, sugerindo o início de uma tendência de baixa no curto prazo.

Ouro continua em tendência de alta. Foto: FxStreet
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Jornalista especializado em tecnologia, com atuação de mais de 10 anos no setor tech público e privado, tendo realizado a cobertura de diversos eventos, premiações a anúncios.
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