A Apple anunciou o desenvolvimento de seu primeiro chip voltado exclusivamente para inteligência artificial, marcando um novo capítulo em sua história de inovação. O chip, codinome “Baltra,” está em fase de desenvolvimento e deve entrar em produção em 2026.
Diferente de seus principais concorrentes, como Nvidia, a gigante de Cupertino optou por criar sua própria solução, destacando sua preferência por autonomia tecnológica.
O chip Baltra, projetado para uso interno, terá como foco processar dados de inteligência artificial e potencializar modelos avançados de aprendizado de máquina. Para isso, a Apple está colaborando com a Broadcom, que fornecerá a tecnologia de rede necessária para as operações.
Essa parceria reforça o compromisso da Apple em criar uma solução robusta e personalizada para suas necessidades de IA.
Uma das características mais inovadoras do chip Baltra será a utilização da Apple Neural Engine (ANE), um recurso que a empresa inicialmente desenvolveu para seu projeto de carro autônomo, mas que encontrou aplicação prática nos iPhones. O ANE acelera tarefas de IA, como reconhecimento de voz e fotografia aprimorada, e agora terá um papel central no novo processador.
Apple Baltra
Apesar de ter lançado recentemente ferramentas de inteligência artificial generativa, como o “Apple Intelligence,” a resposta dos consumidores foi tímida. A empresa, no entanto, demonstra determinação em se estabelecer como um competidor relevante no setor. O Baltra será usado principalmente em inferência, processando novos dados para gerar resultados, como imagens ou respostas personalizadas.
A escolha da Apple de não depender da Nvidia e de desenvolver sua própria tecnologia reafirma sua postura estratégica. A abordagem, entretanto, não é sem riscos, já que muitas empresas ainda confiam nos chips da Nvidia devido às suas altas capacidades de processamento.
No mercado, o impacto do anúncio foi imediato. As ações da Apple subiram 0,5% após a abertura do pregão, enquanto as da Broadcom dispararam 6%. A Nvidia, por sua vez, não sofreu grandes mudanças, indicando confiança no domínio atual do mercado.
Com o Baltra, a Apple entra de vez na disputa tecnológica pela liderança em inteligência artificial, prometendo inovações que podem transformar o setor. Agora, resta acompanhar se a aposta será capaz de rivalizar com os gigantes já estabelecidos.