A Microsoft anunciou o lançamento do Copilot Daily, um novo recurso de seu assistente multiplataforma que fornecerá aos usuários um resumo falado de eventos atuais e condições climáticas.
Com tecnologia de inteligência artificial, o objetivo é simplificar a entrega de informações diárias de maneira concisa e organizada.
Diferente de Alexa e Google Assistant, a Microsoft promete uma abordagem focada em minimizar a sobrecarga de informações, oferecendo resumos baseados exclusivamente em fontes confiáveis.
Entre os parceiros que já assinaram acordos de licenciamento para o Copilot Daily estão nomes importantes do jornalismo global, como Reuters, Axel Springer, Hearst Magazines e The Financial Times.
Inicialmente, o serviço estará disponível apenas nos Estados Unidos e no Reino Unido, mas a Microsoft planeja expandi-lo para outros mercados em breve.
A empresa ainda não revelou detalhes financeiros sobre os acordos com os editores ou outros termos específicos, mas confirmou que novas parcerias serão anunciadas ao longo do tempo.
Copilot Daily busca competir com outras plataformas de IA, como OpenAI e Perplexity
Nos últimos anos, a Microsoft tem compensado editores através de acordos de licenciamento de conteúdo para sua plataforma MSN, mas esta é a primeira vez que a empresa estende esse tipo de compensação para o Copilot.
A iniciativa ocorre em um momento em que outros fornecedores de IA, como OpenAI e Perplexity, também adotam estratégias semelhantes para garantir que suas ferramentas estejam em conformidade com as leis de direitos autorais e evitar possíveis litígios.
A Perplexity, por exemplo, já começou a compartilhar receita de anúncios com os editores cujos artigos são exibidos em respostas geradas por IA.
A OpenAI, por sua vez, estabeleceu acordos de licenciamento com grandes grupos de mídia, incluindo Condé Nast, Time, NewsCorp e Vox Media, que fornecem dados valiosos para o treinamento de modelos de IA, com estimativas indicando que o mercado de dados de treinamento pode atingir cerca de R$ 163 bilhões (US$ 30 bilhões) em uma década.
No entanto, a indústria de notícias enfrenta desafios significativos.
Estimativas indicam que até 10 mil empregos no setor de jornalismo podem ser eliminados em 2024, o que reflete uma leve melhora em relação ao ano anterior, que viu 21,4 mil cortes de postos de trabalho (nos EUA).
O declínio na receita publicitária, agravado pela inflação e mudanças nos algoritmos das plataformas de Big Tech, continua pressionando os veículos de comunicação.
Cerca de 60% dos gastos globais com anúncios são destinados a grandes empresas de tecnologia, como Google e Meta, o que afeta diretamente a receita dos editores tradicionais.