A Disney Co. está prestes a revelar uma nova e ambiciosa iniciativa de Inteligência Artificial (IA) que promete revolucionar o processo criativo da empresa. A informação foi divulgada por fontes com conhecimento do assunto ao portal TheWrap, destacando que a empreitada envolverá uma vasta equipe e focará principalmente em pós-produção e efeitos visuais.
A gigante do entretenimento, que já utiliza a IA para aprimorar produções como “The Mandalorian” e o filme “Elemental”, agora planeja um esforço mais amplo que poderá impactar diversos setores da empresa, incluindo parques, que, no entanto, não incluirá contato direto com os visitantes, segundo as fontes.
A empresa, até o momento, não comentou oficialmente o projeto, e uma fonte interna afirmou que é “cedo” para prever quando o anúncio será oficialmente divulgado.
A notícia vem à tona após o acordo da Lionsgate com a empresa de IA Runway, mostrando que grandes estúdios começam a adotar a tecnologia para aprimorar o trabalho em pré e pós-produção.
O analista Rich Greenfield, da LightShed Ventures, afirmou que a Disney possui um longo histórico de parcerias tecnológicas e que a aposta na IA é coerente com a filosofia da empresa de unir tecnologia e narrativa.
Bob Iger, CEO da Disney, já defendeu o uso da IA como ferramenta para melhorar o alcance e a qualidade das histórias.
Em uma apresentação recente, ele lembrou como Walt Disney via a tecnologia como uma aliada para aprimorar o storytelling, enfatizando que a tecnologia, quando bem utilizada, ajuda a alcançar um público maior.
Possível ação da Disney pode provocar controvérsia entre os profissionais
A adoção da IA pela Disney chega em um momento sensível, quando Hollywood encara debates sobre o papel da tecnologia no processo criativo.
Para a empresa, o movimento promete eficiência, porém pode provocar atrito com profissionais da área, especialmente em setores que buscam sindicalização e já enfrentam cortes.
Em 2023, a empresa cortou cerca de 7 mil funcionários, muitos deles no departamento de efeitos visuais e áreas de criação.
O uso estratégico da IA em uma empresa do porte da Disney, que coleta dados em escala massiva, desde preferências dos assinantes no Disney+ até o comportamento de consumo em seus parques, amplia as possibilidades de personalização e otimização de conteúdos.
Contudo, a medida deverá ser observada de perto pela comunidade criativa, que receia que a expansão da IA possa comprometer ainda mais o valor do trabalho humano na indústria.
Caso o anúncio oficial aconteça, será um marco na trajetória de uma das maiores empresas de entretenimento do mundo, mostrando que a IA, além de ferramenta tecnológica, torna-se cada vez mais parte integral do universo narrativo da Disney.