- Duolingo vai substituir tarefas repetitivas com inteligência artificial.
- Uso de IA será critério em contratações e avaliações internas.
- Empresa promete focar no trabalho criativo e ampliar treinamentos.
A Duolingo decidiu apostar de vez na inteligência artificial (IA) como pilar central da sua operação. A empresa anunciou que vai priorizar a IA em todos os níveis, mudando a forma como contrata, avalia e organiza o trabalho interno
O anúncio foi feito um e-mail enviado aos funcionários e também publicado no LinkedIn, pelo cofundador e CEO Luis von Ahn, nessa segunda-feira (28).
De acordo com o CEO, a Duolingo deixará de fazer pequenos ajustes e, em vez disso, repensará completamente seus processos para integrar a IA. A medida inclui, a princípio, reduzir gradualmente o uso de contratados para tarefas que a IA pode executar. Além disso, a empresa vai incorporar o uso de IA nos critérios de contratação e avaliação de desempenho, e condicionar o aumento do quadro de funcionários à comprovação de que o trabalho não pode ser automatizado.
Duolingo usa IA para acelerar expansão de conteúdo
Von Ahn afirmou que a IA não representa apenas um aumento de produtividade, mas um avanço crucial para cumprir a missão educativa da empresa.
Para ensinar bem, precisamos criar uma quantidade enorme de conteúdo, e fazer isso manualmente não é escalável. Uma das melhores decisões que tomamos recentemente foi substituir um processo lento e manual de criação de conteúdo por um impulsionado pela IA. Sem a IA, levaríamos décadas para expandir nosso conteúdo para mais alunos.
O executivo também reforçou que a mudança não significa substituir os funcionários humanos, mas sim liberá-los para focar em tarefas criativas e na solução de problemas reais. A empresa promete oferecer mais treinamento, mentoria e ferramentas para que as equipes aproveitem ao máximo o uso da IA em suas funções.
A decisão da Duolingo acompanha uma tendência maior no setor de tecnologia. Recentemente, o CEO da Shopify, Tobi Lütke, divulgou uma política semelhante: antes de contratar novos funcionários, as equipes devem provar que não conseguem realizar suas tarefas usando IA. A ideia, claro, é reduzir custos para enfrentar concorrentes como o Google, por exemplo.