- Elon Musk usa IA para vigiar funcionários do governo dos EUA.
- Servidores vivem sob medo e vigilância digital constante.
- Críticas a Trump e Musk viram alvo de monitoramento.
Elon Musk entrou em mais uma polêmica ao colocar sua inteligência artificial para monitorar e perseguir servidores públicos dos Estados Unidos. Segundo fontes ligadas ao governo, o bilionário está usando o sistema de IA desenvolvido por sua empresa dentro do chamado Departamento de Eficiência Governamental (DOGE). O objetivo seria identificar comportamentos considerados “desleais” ao presidente Donald Trump.
A investigação revelou que pelo menos uma agência federal já sofre vigilância direta. Trata-se da Agência de Proteção Ambiental (EPA), onde a IA do DOGE vasculha comunicações internas em busca de críticas ao governo ou ao próprio Musk. A filtragem acontece até mesmo em plataformas corporativas como o Microsoft Teams, o que aumentou o clima de tensão entre os funcionários.
A situação se agravou com cortes profundos no orçamento da EPA. Dessa forma, o governo pretende eliminar 65% dos recursos da agência, deixando centenas de funcionários em licença. Ao todo, quase 600 pessoas já foram afastadas, gerando uma onda de incerteza sobre os próximos passos.
Além da inteligência artificial, membros do DOGE têm usado o Signal para se comunicar, um aplicativo conhecido por mensagens que desaparecem automaticamente. Assim, a prática levanta preocupações legais, pois pode violar normas federais que obrigam a preservação das comunicações oficiais.

Elon Musk usa IA para perseguir funcionários
A jurista Kathleen Clark, especialista em ética pública da Universidade de Washington em St. Louis, alerta para os riscos. Assim, ela afirmou que o uso do Grok — o chatbot de Musk — junto com o Signal compromete a transparência e permite usos políticos, abrindo espaço para abusos de poder.
Elon Musk justifica a medida com um objetivo ambicioso: cortar US$ 1 trilhão em gastos públicos, o que equivale a cerca de 15% do orçamento anual dos EUA. Para isso, ele afirma que precisa remover “ineficiências” e combater supostos sabotadores dentro do funcionalismo.
Mas críticos veem perseguição e autoritarismo disfarçados de economia. A ideia de usar IA para punir opiniões políticas causa desconforto até entre conservadores. Muitos temem que Musk esteja ultrapassando os limites éticos em nome de um projeto pessoal ligado à administração Trump.
Enquanto isso, o governo vigia constantemente os servidores, que evitam falar ou escrever qualquer coisa que pareça “antipatriótica”. O episódio reacende o debate sobre os riscos da IA e quem deve controlá-la.