Fairly Trained reúne mais de 11,5 mil artistas contra o uso de obras protegidas para treinar IA

Por Luciano Rodrigues
Imagem: Dall-E

Milhares de artistas, incluindo atores renomados como Kevin Bacon e Kate McKinnon, juntaram forças para assinar uma declaração da Fairly Trained contra o uso não autorizado de obras protegidas por direitos autorais no treinamento de modelos de inteligência artificial (IA).

Até agora, 11.500 pessoas já assinaram o documento, incluindo músicos, atores e autores, que temem o impacto da IA generativa em suas profissões.

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A declaração, organizada pelo grupo Fairly Trained, denuncia a prática de usar criações artísticas e literárias para treinar IA sem autorização.

Segundo o documento, essa prática “ameaça os meios de subsistência das pessoas por trás dessas obras” e não deve ser permitida.

Fairly Trained foi fundada por ex-funcionário do setor de IA

A organização foi fundada por Ed Newton-Rex, ex-funcionário da Stability AI, que deixou a empresa justamente por discordar de como os dados de treinamento, muitas vezes protegidos por direitos autorais, estavam sendo usados sem remuneração ou crédito aos criadores.

A declaração publicada pela Fairly Trained faz parte de um debate mais amplo que tem tomado conta da indústria criativa.

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Diversos processos judiciais já foram abertos contra empresas de IA por usarem materiais protegidos durante o treinamento de seus modelos.

Entre os principais demandantes estão gigantes como a News Corp e a Recording Industry Association of America (RIAA), que também assinaram o documento.

A RIAA chegou a publicar um comunicado apoiando a iniciativa, destacando a importância de proteger o trabalho de músicos e compositores.

Ed Newton-Rex criticou duramente as empresas de IA generativa por não remunerarem adequadamente os criadores. Ele apontou que, embora essas empresas gastem fortunas em infraestrutura e talentos, esperam obter dados de treinamento “gratuitamente”, explorando obras criativas sem licenciamento.

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Apesar do apoio de grandes nomes, algumas ausências notáveis chamaram a atenção.

Scarlett Johansson, que já teve disputas públicas com a OpenAI, não apareceu entre os signatários, assim como Judi Dench e John Cena, que tiveram suas vozes replicadas por sistemas de IA da Meta.

 

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Jornalista, assessor de comunicação, escritor e comunicador, com MBA em jornalismo digital e 12 anos de experiência, tendo passado também por alguns veículos no setor tech.
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