- Google tentou blindar Gemini IA só para celulares Android
- Justiça dos EUA pressiona por limites ao monopólio do Google
- Exclusividade do Gemini ameaça concorrência com ChatGPT e outras IAs
O Google considerou limitar o uso da sua IA generativa Gemini exclusivamente a celulares com sistema Android. A informação veio à tona durante o segundo dia de um julgamento antitruste nos Estados Unidos.
O Departamento de Justiça (DoJ) revelou documentos internos do Google que indicam negociações com fabricantes como a Samsung.
O objetivo era garantir que os celulares Android viessem com o Gemini, o Chrome e a busca do Google como padrão, o que poderia dificultar o acesso de concorrentes como a OpenAI ao mercado mobile.
Exclusividade da IA levantou suspeitas de monopólio
Os promotores afirmaram que a empresa tentou blindar o Android contra IAs rivais, como o ChatGPT. Porém, isso levantou novas preocupações sobre o domínio do Google, que já responde por mais de 90% das buscas online.
Segundo os documentos, os acordos de exclusividade incluíam até pagamentos para garantir espaço privilegiado nos dispositivos.
Nick Turley, chefe de produto da OpenAI, testemunhou sobre os efeitos desses contratos. Ele afirmou que acordos desse tipo criam barreiras para a distribuição de produtos concorrentes, o que impacta diretamente a inovação no mercado de IA.
Em resposta, o Google afirmou que o processo não trata de inteligência artificial, mas sim de buscas online. A empresa declarou ainda que já flexibilizou seus contratos com fabricantes como Samsung e Motorola, permitindo a instalação de outros mecanismos de busca.
Justiça americana quer limitar poder do Google
O juiz Amit Mehta, responsável pelo caso, reconheceu que o Google usou contratos exclusivos para manter seu monopólio em buscas. Agora, o Departamento de Justiça pede medidas mais severas, como a quebra da estrutura atual da empresa e a venda do navegador Chrome.
Apesar da pressão, o Google reforçou que não impede os parceiros de instalar outras IAs. Além disso, o executivo Peter Fitzgerald apresentou cartas enviadas às empresas para confirmar a permissão de uso de soluções concorrentes, como forma de defesa.
Porém, a decisão desse caso pode moldar o futuro da inteligência artificial e da busca móvel, afetando o equilíbrio de poder entre as grandes empresas de tecnologia.