Diante de catástrofes como a que atinge o Rio Grande do Sul, a Inteligência Artificial (IA) tem sido desenvolvida para trazer previsões capazes de auxiliar na prevenção de desastres climáticos e amenizar seus efeitos.
Casos como o do Rio Grande do Sul apontam a necessidade de tecnologias que possam prever desastres climáticos. O estado está enfrentando uma crise climática sem precedentes, com chuvas intensas que causaram alagamentos de 6 metros de altura, estradas e pontes destruídas, além do fechamento de aeroportos e comércios. Mais de 400 cidades foram atingidas, afetando mais de 2 milhões de pessoas e deixando cerca de 540 mil desalojadas.
Segundo Vinicius Gallafrio, especialista em IA e CEO da MadeinWeb, a tecnologia pode ser usada para antecipar desastres ambientais.
“A IA pode analisar imagens aéreas e identificar áreas de risco, desmatamentos e movimentações de terra, fornecendo insights acionáveis para as pessoas. Isso facilita a tomada de decisões eficazes”, explica Gallafrio.
O papel da IA na prevenção de desastres
Com os avanços tecnológicos, a IA é capaz de analisar grandes conjuntos de dados climáticos, identificando padrões essenciais para antecipar variações anormais com semanas de antecedência.
“A IA pode cruzar dados climáticos com previsões de chuva e históricos de desastres, simulando cenários possíveis e direcionando alertas para as cidades, permitindo uma resposta antecipada”, comenta Gallafrio.
De acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM), a robótica e a Inteligência Artificial estão na vanguarda das soluções inovadoras para a mitigação de riscos de desastres. A OMM prevê que, entre 2024 e 2027, a IA será a principal ferramenta para promover avanços científicos e tecnológicos na prevenção desses eventos.
Segundo Gallafrio, a implantação dessas tecnologias pode ser acessível para instituições e governos.
“Não seria um custo muito diferente de outros investimentos em tecnologia. É algo bastante difundido e viável para ser implementado”, afirma.
De acordo com a Federação Internacional da Cruz Vermelha, estima-se que o Rio Grande do Sul levará pelo menos um ano para reconstruir as áreas afetadas pela enchente, com um custo aproximado de R$ 19 bilhões. A Organização das Nações Unidas (ONU) lançou a iniciativa “Alertas Antecipados para Todos”, visando garantir a proteção global contra eventos climáticos de risco até 2027, utilizando IA para aprimorar sistemas de alerta precoce e minimizar impactos.
Como ajudar o Rio Grande do Sul – O site SOS Rio Grande do Sul traz informações. Além disso, muitas cidades pelo país estão disponibilizando pontos de coleta para doações.