A Globant lançou um novo relatório que detalha o impacto da Inteligência Artificial (IA) no setor financeiro. O documento revela que, embora haja desafios para a adoção da IA, bancos ao redor do mundo estão cada vez mais utilizando essa tecnologia para melhorar suas operações e a experiência dos clientes.
De acordo com a publicação britânica The Economist, 85% dos bancos acreditam que a Inteligência artificial terá um impacto expressivo na experiência do cliente, oferecendo serviços mais personalizados e automatizando processos.
Além disso, a consultoria de análise de mercado Precedence Research aponta que o valor da IA no setor bancário global, avaliado em US$20 bilhões em 2023, deve crescer para US$26 bilhões em 2024 e chegar a impressionantes US$315 bilhões até 2033. Esses dados apontam um crescimento de mais de 15 vezes em apenas uma década, demonstrando o imenso potencial de transformação que essa tecnologia traz para o setor financeiro.
Inteligência artificial
Embora seja evidente a ascensão dos investimentos, os desafios para a implementação de tecnologias emergentes são inúmeros. Dentre as que mais se destacam está a dependência de sistemas obsoletos (legado); as preocupações regulatórias dessa aplicação; e a crescente demanda por personalização no atendimento.
Outro desafio considerável para a implementação plena dessas tecnologias é a falta de profissionais qualificados, além da resistência das empresas em promover mudanças culturais necessárias para o sucesso dos novos sistemas.
Dessa forma, tais dificuldades resultam em perdas de receita e uma experiência de atendimento aquém das expectativas. Em contrapartida a esses e outros impeditivos, o relatório da Globant apontou algumas soluções inovadoras que podem reverter essa realidade, incluindo casos de sucesso de grandes instituições financeiras.
“A Inteligência Artificial está preparada para revolucionar as operações bancárias, ajudando essas empresas a buscar um equilíbrio saudável entre a conveniência do cliente e os processos mais seguros e eficientes”, disse Rodrigo Gonsales, líder tecnológico da Globant.
Casos de sucesso
Um exemplo interessante é o caso da Allianz, multinacional de produtos financeiros e seguros. Nesse projeto, a empresa apresentou a necessidade de ampliar a personalização do atendimento com o cliente, uma vez que sentiu a necessidade de estar mais competitiva no mercado.
Com base em uma análise aprofundada no projeto, a Globant desenvolveu uma solução de IA que facilita o trabalho dos consultores financeiros com acesso a informações mais importantes do atendimento, facilitando o relacionamento com o cliente. Além disso, a tecnologia ajuda a cumprir regras e regulamentos do setor, reduzindo os riscos operacionais.
Outro exemplo importante foi a modernização de sistemas antigos em um grande banco. Com a ajuda da Globant, essa organização conseguiu atualizar seu sistema antigo, que usava uma linguagem de programação desatualizada chamada COBOL, para uma tecnologia mais moderna e eficiente.
Neste projeto, a Globant utilizou a ferramenta GeneXus Enterprise AI, permitindo que mais de 11,6 mil linhas de código fossem transformadas em apenas 105 horas. Isso não só melhorou o funcionamento interno do banco, mas também permitiu que ele respondesse mais rápido às necessidades do mercado.
Além disso, ao longo do relatório é explorado o caso de sucesso que utilizou a Inteligência artificial para garantir a transparência nas decisões automatizadas e o emprego de dados sintéticos anônimos, promovendo a inovação sem comprometer a privacidade dos clientes. Nesse contexto, foi utilizado o sistema de processamento de linguagem natural (PNL) por um banco espanhol, que analisou dados não estruturados de conversas com clientes, melhorando a segmentação e o atendimento.
Para o líder tecnológico da Globant, o sucesso na aplicação da IA depende não apenas da tecnologia em si, mas também da preparação de todos dentro da organização.
“A IA não funciona sozinha. Para que ela tenha sucesso, é essencial que todas as pessoas dentro da empresa – dos líderes aos funcionários da linha de frente – estejam preparadas e alinhadas com a nova tecnologia. Investir em treinamento e promover uma cultura de inovação são fundamentais para garantir o progresso”, afirma.